5 dicas para sua Navegação Visual

A fase de navegação é a primeira oportunidade que o aluno tem para ir além de sua zona de conforto, voando para aeroportos distantes pela primeira vez.

Através da experiência que ganhei com as navegações que fiz, separei algumas dicas aos alunos que ingressarão nessa fase, em duplo comando ou solo.




1) Faça o essencial

Apesar de atualmente termos diversos aparelhos mobiles com GPS, toda a instrução é baseada em cartas e planejamentos físicos. Então, comece pelo começo.

Utilizando cartas como a WAC e REA, e com o auxílio do ROTAER e fichas, faça seu planejamento com as informações de cada perna do voo, anotando a distância, tempo de voo, proa, referências, e demais dados.

No dia anterior ao voo, cheque novamente a meteorologia e as condições do aeroporto, através do METAR, TAF, NOTAM, e outras fontes das quais dispuser.

Inclusive, isso faz parte de nossa consultoria.




2) Utilize as novas tecnologias

Você é vetado de utilizar auxílios digitais durante sua navegação, mas pode usá-los para fazer seu planejamento.

Nossas cartas WAC acabam ficando defasadas com o tempo, e não mostram muitos detalhes. É nesses casos que rever sua rota através do Google Maps, com a visão de satélite, se mostra útil.

Qualquer outro site que lhe ajude com outras informações, como meteorologia e aeroportos, também pode (e deve) ser utilizado.




3) O pequeno aeroporto

Se você escolheu voar para um aeroporto para o qual nunca foi, se planeje. Os meios oficiais, como o ROTAER, nem sempre refletem a realidade de certos aeroportos, principalmente aqueles de pequeno porte no interior do estado. Apesar de a informação oficial acusar que ele disponibiliza combustível, pode ser que a bomba de reabastecimento seja operada por apenas um funcionário, que trabalha somente das 12h às 17h, por exemplo.

Procure telefonar ao local ou se informar com amigos, para evitar ficar preso no solo por imprevistos como esse.




4) Leve um backup

Durante a maioria dos voos você estará acompanhado de seu instrutor, o qual poderá lhe auxiliar com os conhecimentos e GPS dele, caso você se perca. Mas no voo solo, a história é outra.

Apesar do seu voo ser baseado no planejamento físico, procure sempre levar um GPS, seja de aviação ou o do celular. No caso dos smartphones e tablets, há aplicativos de mapas que baixam os dados já na instalação, utilizando apenas o GPS do aparelho e dispensando o plano de dados, características úteis para o caso de você se perder em um local isolado.

Você torce para não precisar, mas quando precisar, é melhor ter.




5) Coloque o orgulho de lado

Perder-se na navegação é como catrapar no pouso: pode acontecer e faz parte do aprendizado.

Não tenha vergonha de acusar sua situação ao instrutor, e aprenda com ele a se relocalizar.

Caso isso ocorra em um voo solo, e você não tenha nenhum backup para lhe auxiliar, contate a frequência do ATC responsável pela área e solicite vetoração. É melhor sacrificar seu orgulho do que sua segurança.

Alexandre Sales
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