Nessa quarta-feira (10), a Boeing informou que aumentou sua cadeia de fornecimento global, e que, com isso, a produção do novíssimo jato Boeing 787 deverá ser aumentada. Porém, a empresa afirmou que o salto que pode expor novos gargalos no suprimento da empresa.
A companhia equipou pelo menos três cargueiros 747-400 com fuselagens maiores, os “Dreamlifters”, tudo isso para reunir peças de todo o mundo para seus jatos 787, montados em fábricas em Washington e na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
A empresa está tentando compensar atrasos anteriores causados, em parte, por dificuldades na gestão de 325 fornecedores que produzem peças para o 787 em 5 mil fábricas espalhadas ao redor do mundo.
Hoje, a companhia produz três unidades e meia do jato por mês, e, para melhor atender seus clientes, planeja aumentar a produção para cinco por mês até o final do ano e elevar esse número para 10 por mês até o fim de 2013.
Jeffrey Luckey, executivo da Boeing encarregado pela administração do fornecimento de peças do avião, afirmou que essa nova meta é muito difícil de ser cumprida, mas que não é impossível.
“Tivemos alguns erros ao longo do caminho. Estamos atualmente no caminho de atingirmos 10 por mês”, afirmou Luckey em uma apresentação em Nagoya, Japão.
O 787 é o avião mais terceirizado da história da Boeing, e companhias japonesas como a Fuji Heavy Industries e a Mitsubishi Heavy Industries são responsáveis por mais de um terço de seus componentes, incluindo as primeiras asas produzidas fora dos Estados Unidos.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Kazuchika Naya/Airliners.Net