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A Terminal São Paulo é o espaço aéreo mais movimentado do país, não somente nas operações IFR das aeronaves de linha aérea, mas também nos voos visuais das aeronaves da aviação geral. Com foco neste último gênero, vejamos alguns erros rotineiros, que poderiam inclusive ser enquadrados como infração de tráfego aéreo dependendo do caso.
Navegar sem coordenar
A separação na maioria das REAs da TMA-SP dependem unicamente da auto-coordenação entre pilotos. Através da respectiva frequência, deve-se acusar sua posição e intenções, e escutar as mesmas informações emitidas pelas outras aeronaves, a fim de evitar potenciais colisões… Mas nem sempre isso acontece.
Não é raro sermos surpreendidos por aeronaves que cruzam nossa trajetória repentinamente, sem coordenação prévia. Em parte dos casos, os pilotos confiam tanto no TCAS da aeronave, que acreditam poder evitar colisões apenas deste modo.
Se está fora do padrão, está incorreto. Simples assim.
Ingressar em espaço aéreo controlado sem Plano de Voo
Apesar de ser comum dispensarem Plano de Voo ou Notificação de Voo quando a decolagem, voo e pouso são realizados em espaço aéreo não controlado, como o Classe G, você precisará emitir este documento antes de ingressar em uma ATZ controlada para pouso, por exemplo.
Em alguns casos, pilotos só ficam cientes dessa exigência quando chamam a Torre do aeroporto de destino pela primeira vez, frustrando assim suas intenções.
Ler todas as informações do aeroporto no ROTAER, bem como fazer todo o restante do planejamento, pode evitar situações como essas.
Não respeitar o circuito ou VAC do aeródromo
Todo piloto formado sabe como funciona um circuito de tráfego padrão, e como uma Carta VAC deve ser seguida. Entretanto, em algumas vezes a comodidade fala mais alto.
“Afinal, se só há duas aeronaves no circuito, ao invés de gastar tempo ingressando no tráfego e fazendo o padrão, porque não fazer um longa final e pousar direto?” – É o que alguns pensam.
É fugindo do padrão que se entra nas estatísticas. Faça o correto.
Cortar corredores sem autorização ou coordenação
Este é o modo de unir os três pontos acima em um erro só. Uma aeronave que não coordena, cruza um espaço aéreo inapropriadamente, e não respeita suas condições de tráfego.
Isso normalmente acontece quando um piloto deseja fazer um voo entre dois aeroportos próximos em distância, mas que ficariam distantes devido ao desvios necessários pelos corredores. Para ganhar tempo, ele simplesmente voa em linha reta, sem auto-coordenar ou pedir autorização ao Controle.
Seu instrutor ficaria triste se soubesse disso.
Não chamar o Controle ou Torre quando deveria
Antes de ingressar em corredores específicos, ou ingressar em circuíto de tráfego controlado, é necessário chamar o Controle e a Torre respectivamente. Mas por desatenção ou comodidade, alguns não o fazem na hora certa.
Normalmente o erro é cometido quando a chamada inicial é feita bem depois do que o ideal, já no meio do corredor, ou já na perna do vento do circuito. Nesses casos, uma bronca do controlador é quase certa.
Em resumo: Mantenha a padronização.
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