“Um bom piloto está sempre aprendendo” e “O seguro morreu de velho” são os ditados que representam o artigo da vez.
Busque conhecimento
Em prol de padronizações na formação, por vezes somos privados de informações. Para se ter uma real noção, basta comparar o tamanho dos manuais dos aeroclubes/escolas, com o manual original do fabricante das aeronaves.
De resumo em resumo, já vi uma publicação que não citava em lugar algum a velocidade de stall da aeronave.
No meu caso, desde que li sobre a recuperação de parafuso no livro de Aerodinâmica e Teoria de Voo, fiquei na expectativa. Porém, tal qual 99% dos pilotos brasileiros, infelizmente chequei o PP sem nunca sequer ter recebido instrução teórica sobre o assunto. Mas sabendo da relevância desse procedimento, procurei me informar. Se um dia isso ocorrer, poderei ter ao menos um embasamento teórico para aplicar na prática.
Você pode e deve fazer o mesmo, sobre qualquer tópico.
Faça um planejamento padrão
Isso é tão clichê quanto “Respeite as Leis de Trânsito”, mas tal qual esta, precisa ser reforçado.
Já presenciei, pela fonia e ao vivo, diversos pequenos imprevistos que poderiam ser evitados por um planejamento padrão.
Certa vez, após o pouso, nós e outras aeronaves ficamos alguns minutos a mais com os motores ligados, devido ao fato do piloto a nossa frente não ter consigo uma carta ADC, portanto desconhecendo as taxiways. Isso requereu um taxi progressivo com a ajuda do Solo, causando atraso para os demais.
Detalhes como esse não causam um imediato perigo à segurança de voo, mas influenciam na eficiência do sistema como um todo.
Não confie totalmente na tecnologia
Você está voando VFR em um monomotor top de linha. Se o Glass Cockpit apagar em pane, você tem seu Tablet. Se ele também falhar, há seu Smartphone. Se ele estiver sem sinal GPS/3G, você pode solicitar vetoração pelo rádio. Há vários níveis de backups, oficiais ou emergenciais. Mas e se as únicas coisas a funcionar em seu avião forem o motor e os controles de voo?
Anotações físicas de informações, cartas impressas, um ROTAER físico, e uma boa noção situacional quanto a navegação visual e estimada poderão lhe tirar do sufoco.
A tecnologia está aqui para lhe ajudar, não para lhe dominar.
Efetue um cross-check de suas informações
O ROTAER é nossa fonte oficial para planejamento. Infelizmente, ele também pode apresentar surpresas.
O aeródromo provém abastecimento? Ótimo. Infelizmente não citam que o abastecedor só fica ali na parte da tarde.
Na página é citado o telefone da Sala AIS? Irei telefonar. “Esse telefone não existe”.
Portanto, sempre que possível procure confirmar as informações, ou falar com quem já voou essa rota.
Utilize meios alternativos
A tecnologia é nossa amiga, basta saber utilizá-la.
Apesar da obrigatoriedade do planejamento e informações serem baseados em fontes oficiais, nada lhe impede de utilizar sites, aplicativos e serviços para complementar seus dados.
Muitos deles disponibilizam funções interessantes, e podem lhe render ainda mais noção situacional no voo em si.
Toda ajuda é bem vinda.
- Voando de São Paulo ao Sul de anfíbio - 02/02/2024
- A automação acabará com os pilotos? - 02/09/2022
- Pilotos podem ter tatuagens? - 11/08/2022