Através da mais recente emenda do RBAC 61, lançada na época da produção deste artigo, a ANAC voltou atrás em sua decisão sobre o curso teórico obrigatório para PPs, e agora este volta a ser opcional.
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Entretanto, apesar da economia em estudar de modo autodidata em sua casa, não devemos desconsiderar totalmente o válido investimento que é estudar através de um curso teórico homologado. Vejamos alguns prós dessa opção.
Padronização de ensino
Diferente do aluno que ingressa no estudo sozinho, o curso teórico já passou por vários anos de história, já tendo formado incontáveis turmas. A diferença entre as duas modalidades é justamente a experiência no ensino, ou seja, o melhor modo de decorar as informações requeridas no tempo estipulado.
Enquanto muitos alunos precisam conhecer seu próprio ritmo, sabendo qual matéria precisa de mais tempo no estudo, e quais exercícios precisam de mais atenção, a administração do curso teórico já tem isso mais do que decidido, e validado através das diversas turmas que já se formaram com sucesso através daquele método de ensino.
Didática além dos livros
Um detalhe que me chamou atenção através dos cursos teóricos que realizei, foi que alguns professores sequer tocavam nos livros durante o ensino. Isso ocorria não porque eles eram rebeldes quanto ao conteúdo, mas sim porque dominavam tão bem a matéria através de seus anos de experiência, que não precisavam mais dos livros para se guiar.
Adicionalmente, ao checarmos os capítulos dos livros, todas as informações das aulas se confirmavam, provando o conhecimento do professor.
Deste modo, sua explicação e esclarecimento de dúvidas se mostravam praticamente instintivos.
Métodos de memorização
Anos dando aulas para milhares de alunos sobre o mesmo tema. Com esse passado, não apenas o próprio conteúdo da matéria era totalmente natural ao professor, mas também seus métodos próprios de ensino, mementos, macetes e fórmulas.
Por algumas vezes já pude observar certos tópicos da aula que não eram compreensíveis ou memorizáveis para a turma, mas que através de alguma explicação diferenciada, ou métodos distintos para memorizá-lo, o sucesso era alcançado.
É como se aplicássemos na aviação o famoso “Minha Vó Tem Muitas Jóias, Só Usa No Pescoço”
Período definido
Algo essencial para o planejamento de carreira é cumprir prazos.
“Em tal mês vou fazer minha prova da ANAC, até tal data vou tirar meu CMA, em X mês iniciar meu curso prático, e checar no fim de tal ano”
Entretanto, algo que pode frustrar seus planos é justamente o primeiro passo: Quanto tempo de estudo será necessário para você conquistar seu CCT?
Os que estudam de modo autodidata dependerão de seu próprio ritmo. Alguns preferem estudar de modo intensivo durante dois meses, outros estendem para quatro ou seis, e há até mesmo aqueles que viram o ano se preparando.
Quanto mais rápido, mais sobrecarregado. Quanto mais longo, maior o risco de vocês esquecer o que já estudou.
Nesse caso a confiabilidade do curso teórico também se mostra relevante. A garantia de que após 4 meses você irá se formar estando preparado para a prova, é algo confortante ao seu planejamento.
Ensino complementar
Todo curso teórico segue um manual da ANAC, que visa deixar claro as matérias e conteúdos que devem ser abordados nos cursos homologados.
Entretanto, é raro as aulas se limitarem apenas a isso.
Como é comum os professores trabalharem, ou no mínimo serem formados nas matérias que ministram, é natural eles complementarem suas explicações com casos reais de sua vivência.
Como a meteorologia afeta a segurança de voo? O que ocorre em uma curva perto do stall? O que fazer diante de uma perda de potência? Como o vento de través lhe afeta em rota?
Além das respostas técnicas para esses questionamentos, muito da experiência desses profissionais também será aplicado na explicação, não apenas citando casos com erros relacionados ao tema, mas também voos que só seguiram em frente por aplicar a decisão correta diante da situação.
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