Na semana passada eu comentei sobre um artigo que vi no Para Ser Piloto, que diz que os pilotos são melhores motoristas. Mas como ver isso em uma abordagem prática?
Na viagem de volta do último carnaval, eu fiz o trajeto em minha motocicleta. Até aí, nada fora do normal. Mas o que achei interessante ocorreu poucos minutos antes da viagem começar.
Como todo bom motorista, verifiquei óleo, combustível e pressão dos pneus. Como um bom aviador, fiz um check 360° no veículo. Verifiquei todas as luzes, partes móveis e se haviam peças soltas. Acredito que poucos verificam seus automóveis tão detalhadamente. Mas enquanto estava fazendo esse processo, que para mim ocorreu naturalmente, eu tinha em minha mente que a segurança era o mais importante.
Na estrada, estava sempre atento à comunicação com os outros motoristas através das sinalizações. Sempre atento também a encontrar a melhor maneira de ser visto, e obter o máximo desempenho do meu equipamento sem pôr em risco a minha segurança e de todos ao meu redor.
Ao chegar em casa, fiz o “check de abandono” e verifiquei que estava tudo certo. Fiquei feliz por ter feito uma boa viagem de volta, apesar de estar há dois anos sem pilotar. Não sei se isso pareceu exagero da minha parte, mas acredito que, depois de me envolver no mundo da aviação, as minhas atitudes no trânsito mudaram, me tornei um motorista mais responsável. Você, amigo aviador, já notou isso também?
Avião atropela paraquedista
“Nos céus os aviões são como os carros e os paraquedistas são como os pedestres.”
Desculpem, não consegui me segurar nessa. O Sales me passou esse link na semana passada (veja aqui), e eu não sabia se ficava mais preocupado com a saúde dos envolvidos no acidente ou com as coisas escritas no artigo, e principalmente, com os comentários dos leitores.
O caso ocorreu na Flórida e me parece que estava ocorrendo um show aéreo no local. Até onde sei, o paraquedista tem preferência de pouso, e o local deveria estar com restrição para operação das aeronaves.
O piloto estava realizando TGL e o incidente ocorreu na terceira passagem. Nesse caso, alguém tinha consciência da aeronave realizando o exercício naquele local.
A única coisa que consegui concluir desse episódio é que problemas de comunicação não são um privilégio exclusivo dos brasileiros. Concorda?
Abraços e até a próxima semana!
Renato Cobel
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