Dando sequência em nossa série sobre os mistérios que rondam a formação de piloto nos EUA através da FAA, vamos desmistificar mais uma teoria:
Lenda: A convalidação da FAA para ANAC é cara e demorada.
Fato: Não é tão feio como pintam e nem tão bonito quanto deveria. Eu chequei dia 13 de março na FAA e dia 23 de agosto recebi minha carteira equivalente da ANAC. Mas o principal contribuinte para ter levado tudo isso, foi a demora em conseguir conciliar a escala da escola onde eu convalidava com a minha escala de voos como comissário. Quando a minha escala na empresa saía, a escala da escola já estava fechada. Levei dois meses para fazer dois voos, o que obviamente não é o caso de quem tem mais disponibilidade de tempo do que eu tinha.
O primeiro empecilho é a ANAC: ela exige a carteira de PVCV da FAA, e embora você saia do check com a temporária podendo voar lá, a definitiva, com desenho dos irmãos Wright e tudo, leva pelo menos um mês para chegar. O que dá para adiantar é o código ANAC e o CMA. Com a FAA em mãos, você faz a prova de regulamentos – gratuita – e se matricula numa escola para fazer os voos de adaptação e cheque – atualmente a moda é fazer 3h IFR mono e 2h mlte visual. Sai mais barato e você garante as duas classes que voava nos EUA. Depois é enviar os documentos e esperar a ANAC: tem gente que levou duas semanas, tem gente que levou 3 meses. A minha levou um mês para sair. Quem tirou suas licenças no Brasil sabe bem como é essa espera. Para todas as carteiras.