A República da Nicarágua é o maior país da América Central, com mais de 130 mil quilômetros quadrados, e mais de seis milhões de habitantes. Em sua capital, Manágua, localizava-se a base de operações das Líneas Aéreas de Nicarágua, ou simplesmente LANICA. Fundada em 1945 como uma subsidiária da Pan Am, a LANICA iniciou as suas operações no ano seguinte, operando com aeronaves Boeing 247.
A exemplo de outras companhias aéreas, a LANICA também cresceu através da estratégia de adquirir outras companhias de menor porte. É o que aconteceu em 1950, com a aquisição da FANSA, ou Flota Aérea Nicaraguense. Em 1955, juntaram-se também à sua frota sete aeronaves Douglas DC-3. Cinco anos depois, a companhia já operava voos internacionais, incluindo destinos como Miami, nos Estados Unidos, e San Salvador, em El Salvador.
A era dos jatos teve início para a LANICA em 1966, com a aquisição da primeira aeronave BAC One-Eleven. Estas aeronaves permaneceram em operações na frota da companhia até o ano de 1972. Naquele mesmo ano, a companhia incorporou também à sua frota o quadrimotor a jato Convair 880, que foi utilizado nas rotas com destino a Miami.
Em 1979, a Frente Sandinista de Libertação Nacional depôs do poder o Presidente Anastasio Somoza, cuja família detinha a maior parte das ações da LANICA. O novo governo que se instaurou, conhecido como Junta de Gobierno de Reconstrucción Nacional, decidiu por não assumir as dívidas da companhia aérea. Assim sendo, a LANICA encerrou suas operações em 31 de Agosto de 1981, deixando em solo uma frota de aeronaves Boeing 727, C-46 e DC-6, além de um quadro de 450 funcionários. Acabou por ser sucedida pela Aeronica como companhia de bandeira da Nicarágua.
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