Middle East Airlines | HCA 134

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Localizada às margens do Mar Mediterrâneo, a República do Líbano constitui um estado soberano asiático. Dividindo fronteiras com a Síria e com Israel, o Líbano abriga uma grande diversidade cultural, religiosa e étnica. Foi um país de grande prosperidade, ao ponto de ser conhecido na década de 1960 como “A Suíça do Oriente”, dada a sua estabilidade financeira. Na mesma época, sua capital, Beirute, era também conhecida como “A Paris do Oriente Médio”, em virtude da quantidade de turistas que atraía. O clima de prosperidade foi interrompido apenas pela Guerra Civil Libanesa, travada entre os anos de 1975 e 1990. Desde então, o país reúne esforços que o tragam de volta à prosperidade de décadas passadas.

O Líbano é representado na aviação mundial pela Middle East Airlines, uma companhia fundada em 1945 com o suporte da British Overseas Airways Corporation (BOAC). Utilizando aeronaves De Havilland DH.89A Dragon Rapides, os primeiros voos ocorreram em 1946, partindo de Beirute com destino a Nicósia, capital do Chipre. Logo viriam voos com destino ao Egito, Iraque e Síria. No mesmo ano do início de operações, duas aeronaves Douglas DC-3 vieram se juntar à frota da empresa.

Entre os anos de 1946 e 1955, a americana Pan Am chegou a ter ações da companhia, o que lhe rendeu um contrato de gerenciamento da Middle East Airlines. A participação teve fim quando a BOAC adquiriu 49% das ações da companhia libanesa. Naquele mesmo ano, ocorria uma nova modernização da frota com a aquisição do primeiro turboélice da empresa, um Vickers Viscount. Cinco anos depois, em 1960, a Middle East Airlines ingressou na era dos jatos, adquirindo suas quatro primeiras unidades do De Havilland Comet.

Assim como muitas empresas sofreram com as Guerras Mundiais, a Middle East Airlines teve prejuízos financeiros e perda de aeronaves com a Guerra dos Seis Dias, um conflito armado ocorrido entre Israel e os Países Árabes no ano de 1967. No ano seguinte, um ataque ao Aeroporto Internacional de Beirute por parte de forças israelenses destruiu, entre outras aeronaves, três De Havilland Comet, dois Sud Aviation Caravelles, um Boeing 707, um Vickers VC10 e o Vickers Viscount citado anteriormente, todos pertencentes à Middle East Airlines.

Com muitos esforços, a companhia se reergueu e em 2012 entrou para a SkyTeam, tornando-se a segunda companhia do Oriente Médio a se juntar à aliança aérea, atrás apenas da Saudia. Atualmente a Middle East Airlines, na condição de companhia de bandeira do Líbano, atende a 37 destinos na Ásia, Europa, Oriente Médio e África, utilizando seu slogan “Do Líbano para o Mundo”. Sua frota é composta de aeronaves Airbus das séries A320, A321 e A330, além de um Legacy 500 da brasileira Embraer.

Luiz Cláudio Ribeirinho
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