Em mais um capítulo de nossa série sobre os mistérios que rondam a formação de piloto nos EUA através da FAA, vamos desmistificar mais uma teoria:
Lenda: Quem faz curso de piloto nos EUA volta para o Brasil sem conhecer ninguém.
Essa lenda é das importantes: tudo depende. Eu estou na aviação há uma década, poderia ter feito meu curso em Saturno que voltaria conhecendo gente aqui que pode me ajudar. Mas mesmo quem ainda não conhece ninguém: as escolas que costumam receber brasileiros nos EUA não recebem um ou dois, recebem dúzias. Então, você vai fazendo seu networking lá, mesmo com gente que fez PP no Brasil e apenas o IFR e o PC lá, ou gente que já voa aqui e está indo lá para colocar FAA na carteira e melhorar seu currículo, e o que é muito comum: filhos de aviadores daqui que vão estudar lá.
Final da história, ao voltar para cá, há toda uma comunidade de pilotos que já conhece você, e todos se ajudam na medida do possível. Claro que, se bem feita, a rede de contatos aqui tende a ser mais frutífera, mas o mercado está ruim para todo mundo e quando melhorar, vai melhorar para todo mundo. E aí, além de QI, vão ser precisos horas, inglês e paranauê – o que uma formação de excelência na FAA pode contar ao seu favor.