Alguns amigos no final de semana me abordaram da seguinte forma: “Cara, você viu aquele pouso mal sucedido da sexta-feira? Quase causa uma tragédia!”. Durante o final de semana, eu fiquei me perguntando o que seria um pouso bem sucedido.
No pouso do Fokker 100 em Brasília na última sexta-feira, dia 28 de março de 2014, o Comandante Eduardo Verly (sim, comandante com “C” maiúsculo), ao detectar que teve um problema hidráulico e que o trem de pouso do nariz não estava baixado e travado, informou à torre suas condições e declarou emergência.
Calmamente, ele informou todo o procedimento e solicitou o apoio de solo. Ele pousou o avião, e todos os passageiros e tripulação não sofreram nenhum ferimento. O único dano ocorreu no avião, que em algumas semanas estará de volta aos céus.
Para nós, isso foi uma operação normal e o resultado de um bom treinamento do piloto e da tripulação. As situações de pane/emergência são exaustivamente estudadas e praticadas em simulações. O que ocorreu foi o resultado de um bom treinamento.
Foi um trabalho muito bem executado e com um feliz desfecho. É sempre bom ver o quanto o avião é seguro e que todos ficaram bem. De acordo com o próprio comandante, esse foi o pouso mais “manteiga” da vida dele.
A melhor maneira de responder à minha pergunta sobre um pouso ser bem sucedido ou não vem de uma frase do nosso amigo Enderson Rafael: “Pouso bom é aquele em que todos saem andando do avião. Pouso ótimo é aquele que, além disso, dá pra usar o avião de novo”.
Abraços e até a próxima semana!
Renato Cobel
fb.com/rcobels
twitter.com/cobel
