Boa!!
Depois de algumas semanas sem postagens por questões “administrativas” que vou explicar logo mais, estamos de volta com nossas aulas práticas de planador.
Antes de começar com o relato do 9º voo gostaria de pedir desculpas pela falta de regularidade na coluna. Mas por motivos meteorológicos e principalmente pessoais, não pude voar por um mês!
Nossa operação nesse domingo começou um pouco tarde por falta de pessoal mínimo à operação e também por falta de rebocador. 11h00 estávamos na cabaceira 18 de SBJD prontos para a primeira decolagem do dia. Com o aeroporto calmo e o rebocador pronto, iniciamos a operação prática.
Como só havia duas pessoas no solo, um deveria conectar a corda no rebocador e logo após correr para ajudar na impulsão inicial do planador (PT-PZA) ou para dar asa (segurar a asa até que haja sustentação suficiente para comandos de aileron). Minha decolagem seria a segunda do dia.
35min após a decolagem do colega piloto, o puchacz estava pousando. Passados 10min, eu estava preparando o planador para meu voo.
Aeronave alinhada 45º em relação ao eixo principal da pista, checklist interno completo, reportamos ao rebocador que estávamos prontos.
Ele solicitou decolagem, alinhou com a corda conectada e fechamos o canopi. Enquanto o rebocador se deslocava para esticar a corda, eu fazia o checklist de cabeceira:
– Lastros: no meu caso OK!
– Canopi: TRAVADO!
– Cintos: Eu: PASSADOS!
Instrutor: PASSADOS!
– Spoiler: TRAVADO!
– Vento: direção e intensidade CHECAR BIRUTA!
– Tráfego: CHECAR FONIA E VISUAL COM PERNA DO VENTO, BASE E FINAL!
Feito isso, a corda já está quase esticada. Dei um ok ao colega que vai dar asa e o rebocador deu mais potência, até que ingressamos na pista. Depois disso, potência de decolagem e vamos pro voo!!!!
70 ou 80 Km/h, suavemente tiramos a aeronave do solo e fazemos um vôo próximo ao solo até que o rebocador decolou e ai começamos a acompanhá-lo. Durante minha rolagem as correções de pedal foram boas, até que segundos antes de puxar o manche, pisei muito forte no pedal esquerdo e demos uma guinada um pouco brusca para esse lado.
O reboque foi tranquilo e não foram necessárias grandes correções. A altitude estimada para desligamento era 900m, porém, ao atingir 800m chegamos na base das nuvens e decidimos desligar para não precisar voar IFR (o que é impossível no nosso planador).
Desligamos em 800m e saímos da região das formações para tentar subir um pouco mais, conseguimos ganhar uns 80 metros, seguramos um pouco nessa altitude e em seguida pegamos só descendentes e começamos a nos aproximar da pista. Deu pra procurar bastantes térmicas. Procuramos algumas e achamos umas bem fracas. Chegando aos 650m, começamos a fazer as manobras da 4ª série que é basicamente a glissada.
Fiz uma glissada para a direita e uma para a esquerda. Voamos um pouco reto para treinar voo reto nivelado (pois estou com um pouco de dificuldade) e quando menos esperávamos, estávamos chegando nos 400m.
Hoje eu iria fazer a fonia para começar a treinar para o segundo estágio (5ª série).
Ingressamos na curva base:
– Torre Jundiaí, Planador PZA
– Planador PZA, Torre Jundiaí, prossiga.
– Planador PZA ingressando na curva de espera
– PZA informe ingressando na perna do vento pista 18
– Reportará ingressando na perna do vento da 18, PZA
Cerca de 1 min depois, estávamos ingressando na perna do vento e reportando:
– PZA ingressando na perna do vento
– A condição de aproximação será para agilizar o tráfego ingressando na longa final?
– Afirmo, aproximação curta pista 18
– PZA pouso autorizado pista 18
– Livre pouso 18 PZA
Ainda na perna do vento, no través da cabeceira, próximos do ideal de base e com pouso autorizado, o instrutor me pediu para fazer uma aproximação em gota, que apesar de não padrão, era o necessário para a aproximação curta naquele momento.
Estávamos altos, então coloquei o nariz para baixo, abri todo o freio e comecei a curvar base já entrando na final. Mesmo assim, estávamos altos, mas não tinha muito que fazer, era tentar manter 110, 120 Km/h na aproximação final, e em cima da cabeceira comecei a tirar a velocidade cabrando o manche, fechando o freio e esperto na velocidade. Perto do solo, arredondei e o toque foi suave (pela primeira vez).
No caminho à cabeceira, o instrutor falou sobre aquela grande correção na decolagem e das boas glissadas, porém, pediu menos aileron e me disse para treinar mais fonia e voo reto nivelado, porque estou descoordenando um pouco. Por incrível que pareça, meu voo em curva é mais coordenado que o reto. Ele também disse para fazer curvas de menor inclinação para girar térmicas.
Livramos a pista e entreguei a aeronave do mesmo jeito que me entregaram. Foi realizado mais um voo naquele dia, que pousou longo e fez uma hora. Eu voei 25 min.
Sem imprevistos o de briefing foi rápido. 15h30min estávamos dispensados!
Mais um voo pra caderneta! Obrigado pela atenção de todos e venham para o voo à vela!!!!
Acessem meu blog sobre aviação no geral!
Um abraço!
Carlos Eduardo Damasceno”