Hoje é o nosso dia. Devemos comemorar não só o feito de um corajoso homem, em construir uma engenhoca de bambu revestida de seda, colocando-a para voar. Devemos também comemorar todas as nossas conquistas na aviação e para a aviação, que é hoje o meio de transporte mais seguro que existe, graças a nós mesmos.
Datas como essa são comuns para quem não tem asas, mas para nós, são sempre as mais especiais! No texto de hoje, falaremos sobre a máquina em si, além de algumas curiosidades sobre a tal “engenhoca” que Santos Dumont criou, e com a qual conseguiu o feito de voar, em 1906.
Para se ter uma ideia de quanta vontade ele tinha em voar, o revestimento do 14-Bis era de seda impermeabilizada com cera de abelha, presa com cordas de piano! Improviso, ou era o que havia na época? Talvez nem um e nem outro. A leveza era o principal foco, principalmente com tantos projetos já fracassados de outros inventores.
O motor que alimentava o 14-Bis foi adaptado de um modelo usado em lanchas, um Antoinette de 50 cavalos. Suas hélices, instaladas na parte traseira, são conceitos aprendidos nos dirigíveis de Dumont. O trem de pouso foi feito com rodas de bicicleta, e o piloto permanecia em um cesto semelhante aos usados em balões.
Vocês sabiam também que, além ter realizado o primeiro voo, Santos Dumont ainda aprimorou o desenho de uma de suas aeronaves, criando um deslizador aquático? Além disso, ele instruiu a primeira mulher a voar sozinha. A cubana Aída D’Acosta decolou em um dirigível construído por ele, após apenas três lições.
Existem diversas histórias e curiosidades sobre esse gênio, e todas as homenagens ainda são poucas para ele. Então, em mais um 23 de Outubro, o nosso “Muito Obrigado, Santos Dumont”, por ter dado um pontapé inicial, ao qual nós pudéssemos dar continuidade, levando a aviação não só como uma carreira profissional, mas também como um estilo de vida.
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