5 práticas para deixar seu INVA feliz

Ser instrutor tem seus altos e baixos (literalmente). Por um lado você está ajudando a formar a próxima geração de pilotos, mas por outro, tem o árduo trabalho de moldá-los como tal.

Vejamos algumas práticas que você pode adotar para deixar seu instrutor profissionalmente realizado.


Seja pontual

Antes de entrar na aeronave para sua aula de voo, ainda há muito a se fazer. Passar o Plano ou Notificação de Voo, realizar o check pré-voo, conferir novamente a meteorologia, fazer o Briefing…

Devido a isso, é recomendável se apresentar ao voo no mínimo 1 hora antes do EOBT, para que tudo seja feito ao seu tempo. Quanto mais atrasado você chegar, mais nervoso, afobado, e distraído estará, podendo assim cometer erros não condizentes com sua experiência de voo.


Apresente-se preparado

Nada deixa um INVA mais sorridente do que saber que irá começar uma aula com um aluno que sabe o que está fazendo.

Através do seu último instrutor, ou consultando os manuais, procure saber que gênero de manobras e procedimentos serão treinados na próxima aula. Com isso você poderá focar seu estudo especialmente nisso, além de, claro, repassar todos os outros conhecimentos básicos em relação ao manual da aeronave.

Caso um aluno chegue à 10ª aula de voo sem saber o RPM de cruzeiro, velocidade de aproximação ou os checklists básicos, essa aula não somente será desgostosa ao INVA, como também terá um baixo nível de aproveitamento e alta possibilidade de reprovação.


“Fale com o motorista apenas o indispensável”

O instrutor está ali para lhe instruir… Mas no momento certo.

O briefing é o momento indicado para esclarecer toda e qualquer duvida, por mais básica que seja, mesmo que relacionadas a procedimentos já treinados. Entretanto, é claro que outras surgirão durante a aula em si. Nesses casos, procure esperar um momento oportuno para abordá-las, como o voo de cruzeiro.

Aplique de modo adaptado a regra do Sterile Cockpit, e evite fazer perguntas não-essenciais durante as fases críticas, como o pouso e a decolagem.


Aceite críticas construtivas

Alguns alunos tentam a todo custo explicar que condições externas o fizeram errar, e outros até mesmo se sentem diminuídos ao ouvir do INVA que não estão tendo um aproveitamento satisfatório em determinado aspecto.

Você é um aluno. Errar é o mínimo que se espera de você.

Procure justificar seus erros apenas se isso for relevante, e procure compreender que o debriefing é justamente para apontar seus acertos e erros. Se desejar argumenta algo, que seja sobre as maneiras para melhorar tais pontos para o próximo voo.

Não se esqueça de que, para lhe instruir, seu INVA possivelmente errou e recebeu tantas críticas quanto você nesta mesma fase.


Finalize a aula esclarecido

O debriefing é tão importante quanto o briefing para o aprendizado do aluno. Nessa fase, procure não somente sanar suas possíveis dúvidas, mas também dividir com o instrutor as impressões do novo aprendizado, para que ele possa lhe aconselhar ou complementar.

Seja o gênero de aluno com o qual você gostaria de voar no futuro.

Alexandre Sales
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