Enfim, chegamos a uma decisão. Depois de muita enrolação, o vencedor foi o projeto sueco. Exato, projeto. Dos três concorrentes, o escolhido é o único aparelho que ainda não voou. Isso facilitou muito a garantia de transferência de tecnologia, que era um dos pré-requisitos impostos para a escolha do caça.
Muitos preferiam o norte americano e outros o francês, porém, no momento atual, é importante fecharmos acordos que possibilitem o desenvolvimento de nossa tecnologia e capital intelectual nesse setor.
Temos consciência de nossas deficiências com relação ao poder militar da nação, armamento para “10 minutos de guerra” e tudo mais. O Brasil é um país pacífico e não necessita se armar até os dentes para estar preparado para um eventual conflito. Desejo que continuemos assim por muito tempo.
Acredito que o poder de guerra não é o principal fator para a decisão, e sim a possibilidade de desenvolver carreiras e mercado. Teremos acesso a tecnologias que demoraríamos anos para desenvolver, e com a parceria firmada com a Saab, avançaremos rapidamente. Escolher o caça sueco nos livrou de ter que justificar para o Tio Sam a escolha do Les Bleus e vice-versa, ou seja, um problema político a menos (lembrando que estamos em ano de eleição!).
Sinceramente, acredito que para as nossas necessidades, o Gripen NG é a melhor escolha. Tem o custo menor, e é promessa de várias oportunidades comerciais em um futuro próximo. Espero não estar enganado e que a decisão realmente tenha sido acertada.
E você, amigo aviador, o que acha?
Abraços e até a próxima semana!
Renato Cobel
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