Começando na aviação – Por Athos Gabriel

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Então senhores, o texto a seguir é o primeiro de uma série que será escrita por Athos Gabriel, um estudante que em alguns dias irá começar o teórico de PP e através de textos semanais ele irá relatar como estará sendo o curso, as dificuldades e todos os outros detalhes. O seu curso começa no dia 12/09, a seguir está a introdução e apresentação desse nosso colaborador.
 
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Oscar Lima Alfa Senhores e Senhoritas;
A partir daqui, começaremos uma longa caminhada em que conhecerão com detalhes, as experiências de um jovem aviador em formação.
 
Mas antes, permita-me apresentar. Atendo por Athos Gabriel, sou possuidor de meros 18 anos de vida, e fui concebido a este mundo em Jataí. Jataí? Sim, Jataí, uma pequena cidade de Goiás (Nem conheço minha pequena cidade, mudei dela quando era pequenino). Atualmente moro em Brasília (Mas não sou rico, nem filho de político, melhor então rs) pois depois de uns anos em Jataí, minha família mudou para a capital da Paraíba, e após dez anos, mudamos para Brasília (Isso ocorreu devido à profissão do meu coroa).
 
Pois bem, iniciarei meu curso teórico de Piloto Privado no dia 12 de Setembro deste ano, e tentarei com clareza e riqueza de detalhes, descrever para vocês os acontecimentos e experiências adquiridas durante este processo inicial, de se tornar um aviador.
 
Mas Athos, por quê a aviação? Lendo sobre minha “recente” infância, os senhores e senhoritas vão entender.
 
Minha infância não foi marcada por videogames ou computadores, brincava de pique-esconde, bolinha de gude, peão e andava de bicicleta… Porém na mudança de casa, no ano de 1998, no primeiro dia olhei para o céu e algo me atraiu: A pipa! Apesar de muito normal para muitos, talvez este pequeno fato marque minha vida definitivamente, pois foi neste momento de encantamento que percebi que gostava da ideia de voar. E a partir daí, a época da pipa era muito esperada por mim, época em que os pirralhos entravam de férias escolares e iam pra rua soltar a famosa e voadora pipa.
 
Eu não era um bom pipeiro, porém as tratava com “carinho”, minha garagem de serviço era repleta delas e logo aprendi a confeccioná-las. Nessa condição comecei a tratar com um fator da física, que eu nem fazia ideia de que existia. Assim como sabemos, aerodinâmica é algo importante em qualquer coisa que voa, e logo aprendi a fazer adaptações para cada tipo de pipa que eu queria (Sim, tem pipa de tudo que é jeito, além de formas, tem as que são mais rápidas, agitadas, estáveis, pesadas, etc.). Por mais primitivo que pareça, nascia ali o amor pela aviação.
 
Após reparar as pipas em minha rua, comecei a prestar atenção nos gigantes voadores, que passavam a uma altitude considerável acima do quintal de minha casa, era inevitável olhar pro céu e não sorrir para aquela aeronave que rasgava a calmaria dos céus dali. Eu morava em uma vila militar, e o aeroporto ficava a alguma distancia dali, hoje penso que provavelmente a rota usada era a de saída NATAL1- SAFUC1 – TORREM de SBJP (Aeroporto Castro Pinto).
 
 
O tempo se passou, e meu pai passou a me levar no aeroclube de João Pessoa, mnhas melhores lembranças são os eventos de paraquedismo e a visita de dois bandeirantes da FAB. Visitei o aeroporto em algumas ocasiões, e a imagem de meu pai entrando num Boeing da Varig no pátio ao realizar uma missão no sul também ficou marcada. Desde o início via os aviões como algo fantástico, fora do comum, e o meu encantamento se tornou duradouro; hoje, ele ainda é alimentado por um sonho que começa a se torna uma realidade.
 
 
A decisão de torna a aviação como objetivo principal de profissão não foi fácil de ser tomada, fato talvez pouco comum pra quem goste de avião desde pequeno. Numa cidade onde ser um funcionário público é ter tudo, a “tentação” de familiares é constantes, a estabilidade é a principal tese. Minha decisão ainda é pouco aceitada, mas nada que incomode.
 
A alguns dias de começar o curso a ansiedade se faz presente, mas a época da fantasia já passou e hoje tenho ciência das dificuldades da formação de um aviador em nosso país, talvez o maior (Se não o único) deles seja o financeiro, que para muitos da classe média como eu, é a maior barreira. Planejamento é fundamental.
 
Para finalizar, as expectativas são grandes e os pensamentos muitos, porém irei aproveitar cada momento deste teórico. Agradecimentos ao Sales não deve ser poupados, sua ideia de fazer um vlog sobre as experiências na sua formação já ajudou e ainda ajuda os iniciantes na aviação, até mesmo nos mínimos detalhes, e eu irei provar isso hehe.
 
No mais, sucesso a todos, e vamos à luta.
 
Athos Gabriel
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