Icelandair | HCA 117

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A Islândia é um país nórdico insular europeu, localizado a noroeste do Reino Unido. Encontra-se a meio caminho entre a Groenlândia e a Noruega. Apesar de sua localização aparentemente isolada e inóspita, a Islândia conseguiu tirar proveito de sua posição para desenvolver sua indústria aérea, que começou timidamente como uma pequena empresa local.

No ano de 1937, a pequena Flugfélag Akureyrar foi fundada no litoral norte da Islândia, oferecendo voos locais a bordo de uma aeronave Waco YKS-7, equipada com esquis para operação como hidroplano. Com a mudança da companhia para a capital islandesa, Reykjavik, a frota logo começou a se expandir, com a adição de aeronaves De Havilland Dragon Rapide e Consolidated PBY Catalina. Logo viriam os voos com destino a Largs, na Escócia, uma popular cidade portuária.

Em 1944, a Flugfélag Akureyrar viu nascer sua principal concorrente. A Loftleiðir começou a disputar espaço no mercado de voos domésticos da Islândia, de forma que a concorrência foi quase fatal para ambas as empresas. Após inúmeras tentativas de estabelecer divisões no mercado, a Flugfélag Akureyrar acabou por se concentrar nos voos domésticos, enquanto a Loftleiðir possuía maior presença nos voos internacionais. Isso fez com que esta última se tornasse a porta de entrada para que muitos hippies iniciassem pela Islândia suas viagens “mochileiras” pela Europa. Um desses mochileiros, inclusive, foi ninguém menos do que Bill Clinton, que viria a se tornar presidente dos EUA.

Uma fusão entre as duas empresas provou-se inevitável com o tempo. Em virtude de uma crise financeira, as duas concorrentes deram as mãos em 1973 e compuseram a Icelandair, a companhia de bandeira da Islândia. A frota unificada – composta por aeronaves Douglas DC-3 e DC-8, e Boeings 727 – permaneceu inalterada até meados de 1990, quando o Boeing 757 tornou-se a nova aeronave padrão da companhia.

Desde a década de 1960, uma das principais estratégias de mercado da Icelandair, aplicada inicialmente pela Loftleiðir, consiste em aproveitar-se de sua localização geográfica. Por estar a meio caminho entre a América e a Europa, a companhia oferece aos seus passageiros a possibilidade de fazer uma parada na Islândia por até sete dias, sem custos adicionais pela conexão. Em 2014, a Icelandair criou a hashtag #MyStopover, para divulgar a iniciativa nas redes sociais. A iniciativa serve, também, para fomentar o turismo na Islândia.

As primeiras décadas do século XXI trouxeram árduos desafios a serem enfrentados pela Icelandair. O primeiro e mais evidente de todos eles foi o atentado de 11 de Setembro, que levou ao fechamento do espaço aéreo americano e consequente suspensão de boa parte dos voos da companhia. Somaram-se a esses desafios a crise financeira de 2008, com sérios impactos ao preço dos combustíveis, e a erupção do vulcão Grímsvötn em 2011, causando o fechamento de diversos setores do espaço aéreo europeu.

Atualmente, a Icelandair opera 26 destinos na Europa e 16 destinos na América do Norte, utilizando 23 aeronaves Boeing 757-200. Estas devem ser substituídas pelo Boeing 737 MAX, tão logo o modelo seja lançado e os pedidos firmados sejam entregues. Em homenagem à geografia islandesa, as aeronaves da Icelandair são batizadas com nomes de vulcões. O país conta com 130 vulcões em seu território, dos quais 18 entraram em erupção desde a ocupação do território, por volta do ano 900.

Luiz Cláudio Ribeirinho
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