Antes e durante a Segunda Guerra Mundial, as forças aéreas de todo o mundo chegaram a rebocar alvos. As aeronaves que eram utilizadas como alvos antigamente, muitas vezes foram aviões que falharam após as produções, que não atendiam aos requisitos dentro de um campo de batalha, ou que fossem projetos obsoletos.
Para finalidades de testes e treinos, os rebocadores puxavam uma espécie de biruta, semelhantes aos que são utilizados em barcos para poder ajudar na frenagem. Essas birutas ficavam presas a um cabo com vários metros de distância, e os pilotos que estavam em treinamento ou operadores de artilharias antiaéreas começavam a atirar nessas birutas, com projéteis traçantes, para que fossem analisados os progressos.
Entre as aeronaves que foram utilizadas para essa finalidade na Segunda Guerra, estavam os Hawker Henley, Boulton Paul Defiant e Westland Lysander, todas servindo à RAF, mas não só a ela. A USAAF utilizou seus aviões mais antigos como rebocadores, como o TBD Devastator. A Luftwaffe e o Exército Vermelho também utilizavam aeronaves para reboque.
Como essas birutas geram um arrasto extremo, vários procedimentos de segurança deveriam ser tomados. Para iniciar a aproximação para pouso, a biruta era solta em um ponto específico, para que fosse recuperada e a aeronave continuasse seu procedimento normal. Até mesmo porque, se não o fizesse e ainda tivesse uma pane de motor, essa biruta poderia reduzir a velocidade da aeronave até a velocidade de estol, antes mesmo que a biruta fosse desacoplada.
Nos anos posteriores, muitas aeronaves ex-militares foram utilizadas por empresas “privadas” para essa finalidade. A Flight Systems Inc. iniciou suas operações na Califórnia utilizando alguns F-86 Sabre como rebocadores, e testaram mísseis QF-86E. Após alguns anos, a Flight Systems Inc foi comprada pela Tractor. Essas operações ainda são realizadas pela BAE Flight Systems, em parceria com a Douglas Skyhawk.
A prática de usar aeronaves ex-militares restauradas como rebocadoras de alvos resultou em trazer-nos novamente à época em que essas operações eram realizadas. Muitos ex-rebocadores podem ser encontrados hoje em shows aéreos ou museus, tanto no solo como restaurados para voar novamente.
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