A Canadair começou a trabalhar no CP-107 em Abril de 1954. Seu design híbrido, inicialmente conhecido como “Britannia Maritime Reconnaissance”, foi derivado do Bristol Britannia, tendo as mesmas asas, superfícies da empenagem e trem de pouso, numa forma “americanizada” de desenhar uma aeronave.
Isso significava que eles utilizavam o mesmo design que os aviões da época. Comparado com as aeronaves da Bristol, o CP-107 utilizava peças norte-americanas ao invés de peças britânicas, de forma a facilitar as manutenções e reposições.
A fuselagem foi completamente redesenhada pela Canadair. Sua cabine, que deveria ser pressurizada, passou a não ser pressurizada, com compartimentos de bombas na parte da frente e atrás das asas. O motor padrão, que seria um Bristol Proteus, passou a ser um Wright R-3350, com consumo reduzido nos voos em baixa altitude.
Para os testes, foi escolhida uma época de verão, em um local mais quente e úmido, justamente para avaliar os principais comportamentos da aeronave, além do consumo, distâncias para pouso e decolagem, técnicas de manutenção e verificações funcionais dos sistemas de armamentos.
Aprovado com ótimo aproveitamento nos testes, ele foi colocado na linha de frente da RCAF, substituindo o Lancaster e o Lockheed P-2 Netuno. O Argus foi considerado o melhor bombardeiro de patrulha anti-submarino do mundo em seus primeiros anos. Servindo durante toda a Guerra Fria, ele voou até sua última missão de serviço, no dia 24 de Julho de 1981, sendo substituído pelo Lockheed CP-140 Aurora.
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