Chame pronto cópia: Controle de saída

A comunicação bilateral terra-ar e ar-ar é indispensável na aviação hoje, pois nem todas as aeronaves possuem os mesmo equipamentos e capacidades. Algumas simplesmente usam a fraseologia como formalidade para manter o padrão. Em contrapartida, outros tipos de aeronaves usam a fraseologia como principal e única forma de navegação, como por exemplo, uma aeronave voando VFR que necessite de vetoração por conta de algum problema.

Ao se transmitir uma mensagem, deverá ser observado se a frequência está realmente correta, se ninguém está falando naquele momento, e mentalizar o que se vai transmitir. Seguindo esses passos, certamente a chance de erro será muito pequena.

Seguindo a sequência do padrão, o primeiro contato deve ser feito com o solo ou controle de tráfego. Estas frequências sempre estarão disponíveis no manual de informações do aeroporto, e em praticamente qualquer carta daquele aeródromo. Sempre se segue a seguinte ordem, e na ausência do órgão precedente, deve-se chamar o da sequência:

Controle de tráfego – você deverá chamá-lo, como dito, à primeira instância. Ele verificará o seu plano de voo, e provavelmente passará mudanças para que você não entre em choque com algum outro tráfego, e o melhor: se você houver errado algo no plano e o controlador for tranquilo, este o advertirá do erro e automaticamente o corrigirá. Na ausência do Controle de tráfego, a torre efetuará essas observações, mas o ideal é nunca deixar que isso aconteça, pois certamente nem todo controlador será tranquilo, podendo até rejeitar seu plano;

Solo ou Ground – Na primeira chamada deste, é obrigatório passar o número de pessoas a bordo, autonomia, destino e alternativa. Este órgão muitas vezes não está ciente do seu plano de voo completo, pois este fica retido na torre ou no controle de tráfego. Por mais que alguém diga que você só deve dizer o que é perguntado, certifique-se de passar para o controle (qualquer um deles) o máximo de informação sem prejuízo à fonia do aeródromo. O controle de solo então passará as informações necessárias para o taxi da pista em uso, ou a que melhor se adeque a sua rota;

Torre – Por fim, ou na ausência dos órgãos acima citados, você chamará a torre ou rádio de um aeródromo. Ela fará as ultimas observações sobre procedimentos e auxílios que deverá utilizar, curvas após a decolagem, ou mesmo procedimentos de emergência em função da topografia local;

Após todo esse bate-papo, você solicitará o acionamento e táxi, se já não houver sido orientado para tal. Ambos devem ser iniciados em até 5 minutos após autorizados, de outra forma uma nova solicitação será exigida. Não existe segredo em fraseologia: tudo será feito para agilizar seu voo e orientá-lo da forma mais segura possível, então ficar tranquilo e lembrar-se disso numa comunicação bilateral de rádio é sem dúvida o principal.

Durante a semana, vou continuar citando cada fase do voo com os órgãos que o piloto necessita chamar, e para o que exatamente cada um serve, muito embora alguns tipos de voo em espaços aéreos “livres” não precisem chamar nenhum ATC.

Eduardo Mateus Nobrega
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