Como pode um avião… sumir?

Infelizmente existiram casos na história da aviação onde aeronaves simplesmente desapareceram, levando consigo a sua tripulação e até mesmo centenas de passageiros. Alguns acharam explicação para os fatos em teorias envolvendo determinadas regiões do mundo, como por exemplo o triângulo das bermudas, onde não são poucos os episódios de desaparecimentos de aeronaves e embarcações. Outros acham justificativa até em teorias extraterrestres, e assim culpam inclusive governos. E alguns poucos não aceitam bolar idéias ou explicações, e buscam meios práticos e científicos para entender o que aconteceu.

São até compreensíveis determinadas “perdas” durante a história dos aviões ao redor do mundo, se uma vez levarmos em conta as limitações tecnológicas da época e a precariedade de certos modelos. Mas pare pra pensar: hoje temos tecnologia de sobra para produzir aeronaves que cruzam o globo, então como é possível, ainda nos dias de hoje, não conseguirem determinar a simples localização de uma aeronave perdida?

Essa é uma pergunta que convido vocês mesmos a responderem durante a semana. Vamos falar sobre como funcionam um radar primário e um secundário, e como os diferenciar. Vamos falar também sobre o que é o ACARS, entender como funciona um ELT, por mais simples que ele seja, além de outros equipamentos que, sem dúvida, seriam capazes de determinar detalhes de um voo com precisão, e até mesmo a própria localização da aeronave. Se ainda com todos esses equipamentos é impossível saber onde um avião com 239 pessoas a bordo foi parar, é preciso sem dúvida repensar algumas coisas na aviação.

Existe um acordo pouco conhecido chamado de ‘’International Chart’’, que une mais de 15 países incluindo o Brasil. Através dele os países participantes, com seus respectivos satélites, unem forças na tentativa de encontrar a aeronave desaparecida. Os satélites são normalmente utilizados para gerar imagens comerciais, meteorológicas e de pesquisas ambientais, e se tornam fortes aliados na busca. No caso do Boeing 777 desaparecido na região da Malásia, todo o material é cedido gratuitamente, pois a China, que inclusive está em busca incessante e é a região de destino da aeronave, faz parte do International Chart.

Infelizmente alguns países, talvez frustrados com a falta e pobreza de informações da Malaysia Airlines e da Boeing, retiraram suas frotas de busca da área de atuação. “Estávamos procurando por algo que nem realmente sabíamos onde estava, todo dia é uma informação diferente’’, disseram as autoridades vietnamitas recentemente. Novas teorias surgem a cada hora, é perturbador não ter nenhuma pista sequer. De qualquer modo, cabe a nós tentarmos entender o que tem acontecido, e formar uma teoria própria seguindo o assunto da nossa série desta semana.

Eduardo Mateus Nobrega
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