O convés de voo, ou somente convoo, é uma das áreas mais emocionantes em um porta-aviões, mas extremamente perigosa também.
Como foi descrito no texto “Como funcionam os porta-aviões“, o convoo não é só uma pista de pouso ou decolagem, adaptada para que a aeronave possa correr curtas distâncias e conquistar altas velocidades, ou frear de 130kt até zero em uma distância menor ainda. O convoo também contém diversos sistemas de auxílio. Começando pela popa, lá encontram-se os armamentos e, no chão, algumas fileiras (em torno de 3 a 5) de cabos de retenção. Estes são esticados e erguidos a 10 cm do deck de voo, operados por dois motores hidráulicos para suavizar a parada da aeronave. Estes cabos são os sistemas primários de frenagem de uma aeronave em um navio-aeródromo.
Seguindo mais à frente, a bombordo, temos o sistema ótico de aterrissagem, que é semelhante a um PAPI. Ele possui luzes vermelhas e verdes, sendo que as duas horizontais verdes, quando acesas, indicam uma aproximação adequada para que piloto pegue um dos cabos.
Este sistema serve somente como auxílio para que o piloto siga a rampa de descida. Para os ajustes finos como o alinhamento, o piloto deve seguir as marcações pintadas no convoo. Caso seja noite, essas marcações passam a ser luminosas.
As catapultas ficam mais à frente. Elas possuem escudos, que são erguidos por segurança no momento em que a aeronave está preparada para decolar. Para catapultar a aeronave, são conectados dois pistões movidos a vapor de alta pressão, proveniente das caldeiras principais do navio, que acumulam estes vapores em um reservatório.
Estes pistões paralelos deslizam em dois cilindros de movimentação, de mais ou menos 60 metros de comprimento. Quando catapultados, os pistões são parados por um freio hidráulico em apenas 3 metros, e o estilingue solta a aeronave.
Os vapores despressurizados, agora inúteis, são liberados para fora do navio. Curiosamente, este processo de catapultagem acaba consumindo, em média, 400 litros de água doce.
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