Completando hoje 46 anos de seu primeiro voo, este pesado cargueiro militar foi construído para a USAF, e opera por eles desde 1969, dando apoio nas operações militares e em todos os principais conflitos – incluindo Vietnã, Iraque, Iugoslávia e Afeganistão. Também apoiou Israel na Guerra do Yom Kippur e a OTAN na Guerra do Golfo. Diversas empresas estudaram projetos de aeronaves de transporte pesado, que pudessem substituir o Douglas C-133 Cargomaster e o C-141 Starlifter. Algumas exigências foram feitas pela Força Aérea Americana, por necessitar de uma aeronave com compartimento de carga maior do que o C-141, e com menos gastos do que ele já gerava.
Os primeiros projetos apresentados foram para uma aeronave com 6 motores, porém logo foram rejeitados, já que essa motorização não era vista como um avanço significativo em relação ao C-141. Em 1963, o próximo conceito apresentado, chamado de CX-X, era equipado com quatro motores, carga máxima de 81 toneladas e uma velocidade de Mach. 0.75.
Como o conceito apresentado ainda equipava-se com os motores do C-141, um novo motor foi necessário para alimentar o então nomeado como CX-4. O novo motor, com toda certeza, melhoraria o desempenho e a eficiência do combustível sobre a aeronave. Para deixar o conceito e partir para o desenho que seria a aeronave, três empresas foram convocadas para apresentarem seus projetos, sendo elas a Boeing, a Douglas e a Lockheed Martin. Com um contrato de um ano para estudos de como seria o desenho da aeronave, a GE e a P&W também foram contratadas, para apresentarem seus projetos para os motores que equipariam a aeronave.
As três empresas encarregadas do desenho apresentavam visões semelhantes, em colocar a cabine de comando acima da área de carga para permitir que a aeronave pudesse ser carregada pela parte dianteira. Foram apresentadas várias opções de posições para as asas, tipo de cauda, desenho da porta de carregamento e formas que permitissem o carregamento e descarregamento de forma simultânea.
Em 1965, a USAF considerou o projeto da Boeing melhor do que os projetos da Douglas e da Lockheed Martin. No entanto, a proposta da Lockheed apresentava um preço menor no custo total, e assim ela foi escolhida como vencedora, ganhando o contrato de produção. Já para os motores, a GE foi escolhida com o modelo TF-39. Na época das escolhas, o projeto do TF-39 era completamente revolucionário. Todos os motores da época tinha a proporção de bypass de dois para um. O TF-39 apresentado pela GE prometia atingir uma proporção de oito para um, o que beneficiaria em maior potência contra o consumo de combustível mais baixo.
Com a aeronave pronta, o primeiro C-5A Galaxy realizou seu primeiro voo no dia 30 de junho de 1968. Os testes revelaram que a aeronave apresentava um arrasto muito maior do que o previsto pelos dados do túnel do vento, além de alguns outros problemas encontrados, principalmente de peso. Mesmo com dificuldades financeiras e quase interrompendo a produção do C-5, a Lockheed Martin se empenhou em apresentar novas variantes que corrigiam os maiores problemas.
No total, foram construídos mais de 150 C-5, tanto nas variantes C-5A, C-5B e C-5C e C-AMP 5M. Cada uma delas possui correções e alteração no peso, capacidade de carga, motores e aviônicos atualizados. Sua velocidade máxima é de Mach. 0.79, alcance de 2.400 nm, e seu teto operacional é de FL350.
- Sky Commuter: Melhor em torrar dinheiro do que qualquer outra coisa - 10/02/2015
- Antonov no Brasil, mais provável do que imaginamos - 09/02/2015
- Combate a incêndios: A tecnologia atual - 04/02/2015