O Martin B-10 foi o primeiro bombardeiro monoplano “full-metal” usado regularmente pela USAF, entrando em serviço em 1934 e seu modelo serviu como estrutura para o B-12, B-13, B-14, A-15 e S-45, utilizando motores P&W, em vez dos modelos Wright Cyclones.
Esse bombardeiro foi a revolução no design dos futuros bombardeiros, os cockpits fechados com uma torre de arma que podia girar para onde quisesse, trem de pouso retrátil, compartimento de bombas internas e carenagens que seguiam toda a extensão dos motores passaram a se tornar o padrão para novos projetos de bombardeiros em todo o mundo nas próximas décadas.
O novo design se tornou muito marcante em todos os aspectos, uma barriga profunda para acoplar bombas na parte interna e o trem de pouso principal retrátil chamaram muito a atenção, inicialmente, ele foi conhecido como Martin Model 123, e foi equipado com motores Wright SR-1820-E de 600 cv, o que já fornecia potência suficiente para essa aeronave.
O Model 123 realizou seu primeiro voo no dia 16 de fevereiro de 1932 e foi entregue para o Exército dos EUA com a designação XB-907 em março, depois dos testes, ele foi enviado de volta para a Martin para algumas reformulações, ele foi reconstruído e sua designação passou a ser o XB-10. Ele sofreu modificações perceptíveis e muitas melhorias, principalmente no arrasto, se mostrou surpreendente com seu desempenho para o ano de 1932.
Seu histórico operacional não foi tão surpreendente quanto seu desempenho, após atender os requisitos do exército americano, a Martin recebeu permissão para exportar seu projeto e realizar entregas para várias forças aéreas, atendendo pedidos de Siam, União Soviética, Holanda, Argentina, Peru e China.
Falando em China, em 1938 durante a Guerra Sino-Japonesa, dois B-10 da Força Aérea Nacionalista Chinesa voou com sucesso para o Japão. No entanto, ao invés de despejar bombas sobre as cidades, as aeronaves despejaram folhetos de propaganda.
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