A Força Aérea americana sempre se manteve em programas de desenvolvimento militar, frequentemente solicitando novos equipamentos, tanto blindados quanto veículos leves, anfíbios, barcos, armas e assim por diante. Na década de 60, ela realizou mais um de vários pedidos, para o desenvolvimento de um avião de ataque especializado.
Na Guerra do Vietnã, inúmeras aeronaves de ataque ao solo foram derrubadas por armas de pequeno porte e anti-aéreos de baixo nível, o que levou ao desenvolvimento de uma aeronave que fosse capaz de sobreviver a essas armas. A princípio, jatos mais rápidos se mostraram eficazes.
O F-100 Super Sabre, o Republic F-105 Thunderchief e o McDonnell Douglas F-4 Phantom II eram aeronaves um tanto eficazes para evitar esses tipos de armamentos. No entanto, eles eram ineficazes para missões que necessitavam de um apoio com aproximação reduzida. O Douglas A-1 Skyraider permaneceu como uma aeronave primária para esses fins.
Um estudo criado para estudar o design de uma aeronave de baixo custo foi iniciado. As discussões sobre o A-1 com pilotos que operavam no Vietnã deram uma análise da eficácia das então atuais aeronaves para fins específicos, dando aos desenvolvedores a possibilidade de estudar o tempo de permanência no ar, manobrabilidade em baixa velocidade, poder de fogo com canhões mais poderosos e extrema capacidade de sobrevivência, tudo em uma única aeronave.
A aeronave que estava sendo projetada após esses estudos portaria um canhão de 30 mm, poderia alcançar velocidades em torno de 740 km/h, decolar de pistas com 1.200 m, levar carga externa de 7.300 kg, e teria alcance em missão de 285 nm, a um custo unitário de 1,4 milhões de dólares. Seis empresas apresentaram propostas para a USAF, mas somente a Northrop e a Republic Fairchild foram selecionadas.
As propostas incluíam a construção de protótipos como o YA-9 e o YA-10A, respectivamente. A General Electric e a Philco-Ford foram selecionadas para construir e testar o canhão GAU-8. Durante o desenvolvimento, alguns motores turbofan foram selecionados para os protótipos. o A-9 usou motor Lycoming F-102, enquanto o A-10 usou o GE TF34.
No desenho do A-9, em comparação com o do A-10, a posição do motor, de uma forma menos convencional, oferecia uma maior capacidade de sobrevivência em caso de fogo inimigo. A dupla cauda também escondia a assinatura infravermelha do motor, e reduzia o ruído. Por esses detalhes e pela eficiência em voo, o YA-10 foi declarado vencedor para a aeronave de ataque especializado, em 1973.
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