A nova geração de jatos

O mundo está presenciando uma verdadeira revolução na aviação comercial. Juntamente com a maior exigência dos passageiros e das companhias, as agências reguladoras internacionais trazem aos fabricantes novas regras de operação, em aeroportos ao redor do mundo. Essas regras tratam de assuntos muito atuais, como a poluição sonora e do ar causada pelo motores, alto consumo de alguns modelos, e claro, o fato de que determinados equipamentos ficaram obsoletos e inseguros. Existem aeronaves paradas na Europa que nem ao menos têm autorização de decolar, para rumarem a outros países com leis menos severas, e assim poderem voltar às atividades. Para quem vê, é de se sentir pena, mas é algo facilmente compreensível após ver os riscos e impactos dessas aeronaves.

A saída de algumas empresas aqui no Brasil e em outros países é o famoso leasing dos equipamentos. Empresas como a TAM utilizam de determinadas aeronaves por muito tempo, até o limite operacional de seus motores e fuselagem. Após alguns anos, devolvem-nas para as empresas de leasing, fazendo contratos por aeronaves mais novas. Antigamente, quando não optavam pelo leasing – como era o caso da VASP – as empresas utilizavam dos equipamentos até o limite de conforto, quando estes ficavam barulhentos, sujos ou velhos. Então, desfiguravam o interior da aeronave para voo de carga – afinal, a carga não poderia reclamar que a acomodação não estava boa o suficiente. Os aviões seguiam voando arriscadamente, mas claro, “dentro dos padrões”.

Esse padrões mudaram muito na última década. Para se ter uma ideia, com as novas leis, existem aeronaves paradas que poderiam voltar a funcionar somente com a troca dos motores, mas trocá-los por mais novos sairia mais caro do que encomendar um avião completamente novo.

A partir disso tudo, surgiu a necessidade de uma nova geração de jatos, que se adequassem a esses novos padrões e leis internacionais. Empresas como a Boeing, Airbus e a própria Embraer trabalham quase 24 horas por dia pensando em novos projetos, onde principalmente o consumo seja ao menos reduzido, e todos os fatores que contribuem para algum tipo de poluição sejam minimizados ao máximo. Estão sempre correndo contra o tempo e o prazo, para adequarem-se a novas leis e limites mais severos.

Nesta semana, esse será o nosso tema. Vamos abordar essa nova geração de jatos que está surgindo – aeronaves como o Boeing 787, Airbus A350 e os Embraer E2. Veremos como elas mudam o mercado da aviação, e as reais modificações que trazem na bagagem.

Eduardo Mateus Nobrega
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