O sequestro do Lufthansa 181 – Parte 1

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Em outubro de 1977. o voo 181 da Lufthansa, entre a Espanha e a Alemanha, foi sequestrado por quatro membros da Frente Popular de Libertação da Palestina: Zohair Youssif Akache, Souhalia Andrawes, Wabil Harb e Hind Alamed.

Com 86 passageiros e 5 tripulantes, esse certamente pode ter sido o mais longo e dramático sequestro da história. Após decolar de Palma de Maiorca, às 11:00 da manhã, o avião foi dominado pelos quatro membros da PFLP, 30 minutos após a decolagem.

O comandante da equipe, Zohar Youssif – ou “Capitão Martyr Mahmud”, como se auto-intitulava – ordenou que a aeronave fosse levada para o Chipre. Mas pela pouca autonomia, o 737-200 “Landshut” realizou a primeira parada em Roma, na Itália.

Após realizar um pouso para reabastecimento em Roma, foi tornada pública a exigência de liberação de 11 integrantes do Baader-Meinhof, mais dois palestinos e US$ 15 milhões de dólares em resgate. Com medo de mais problemas no território italiano, o governo autorizou o reabastecimento do avião, que levantou voo em direção ao Chipre mesmo sem autorização dos controladores.

Chegando em Lamaca, no Chipre, as 20:28 em horário local, após algumas tentativas de negociações para que os passageiros fossem liberados, a aeronave foi reabastecida. O comandante havia solicitado ao controlador uma rota para Beirute.

Os libaneses informaram que o aeroporto foi fechado para eles, e a aeronave levantou voo em direção a Damasco. Os sírios, no entanto, haviam negado a permissão de pouso na Síria. O mesmo se repetiu quando houve intenções de pouso no Kwait e Bagdá, fazendo com que eles seguissem voo para Bahrain.

Na próxima parte deste artigo, acompanharemos o desenrolar deste caso.

Andrews Claudino