O sequestro do voo 181 da Lufthansa certamente foi um dos mais longos da história. Com uma aeronave realizando vários pousos e decolagens sob ameaças de quatro sequestradores, e ainda, com várias tentativas frustradas de pouso em alguns países, o incidente acabou se tornando bem dramático.
Com o voo seguindo para Bahrein, o comandante do LH181 foi avisado por um comandante da Qantas que as autoridades do país haviam fechado o aeroporto. Pelo rádio, o comandante avisou à torre que não tinha mais combustível para seguir para outro aeroporto, e que o pouso seria inevitável.
Cientes da gravidade do problema, os controladores reabriram o aeroporto, e autorizaram que o pouso fosse realizado. Após o pouso, o avião foi rapidamente cercado por tropas do exército. O líder dos sequestradores avisou da cabine de comando aos controladores que, se a tropa não fosse retirada em cinco minutos, eles iriam fuzilar o co-piloto. Obedecendo à ordem, a aeronave foi reabastecida e logo levantou voo para Dubai.
Chegando em Dubai, os ânimos esquentaram ainda mais, a começar pela permissão de pouso negada, e pelo comandante sobrevoando o aeroporto por algumas horas. Ele pôde observar a pista bloqueada com caminhões e carros de bombeiros. Logo em seguida, o comandante avisou que iriam pousar de qualquer forma, já que se encontravam quase sem combustível.
Num último voo baixo, eles notaram que os obstáculos haviam sido removidos. Então, o co-piloto realizou um pouso normal, na pista principal do aeroporto de Dubai.
Já em solo, os sequestradores exigiram comida, água, jornais, e ainda, a retirada do lixo do avião. Tirando proveito da situação, o comandante conseguiu enviar uma mensagem dentro do lixo, informando o número de sequestradores às autoridades.
De forma errada, o Ministro da Defesa, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, deu uma entrevista informando que havia recebido uma carta do comandante. No entanto, “Mahmud” ouviu a informação, o que o levou a ameaçar o comandante de morte. Com a aeronave em solo o dia todo, os sequestradores ameaçaram matar todos os reféns caso o avião não fosse reabastecido.
Diante da situação, as autoridades concordaram com o reabastecimento. Em meio a todo esse problema, a aeronave levantou voo para Omã, mas com a autorização de pouso negada. Isso fez com que o Landshut se dirigisse para Aden, no Yemen, já que era o alcance máximo que a aeronave suportaria.
Na próxima parte deste artigo, acompanharemos o desfecho desta história.
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