Operação Fu-Go: Não é só de aviões que as bombas chegam

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No final de 1944 e início de 1945, os japoneses voltaram suas atenções para procurar algum meio de atacar os EUA de forma mais efetiva, já que com os Kamikazes, as perdas por parte dos inimigos não eram tão relevantes. Então a ideia era atacar os EUA de uma forma que chamasse menos atenção, e que pudesse dar certo.

Os japoneses conseguiram lançar pelo menos 9.000 balões. Dentre eles, pelo menos 300 foram encontrados ou observados nos EUA. Mesmo com esses balões observados e a quantidade lançada, a esperança dos japoneses era de que fossem efetivos. No entanto, foram relativamente ineficazes. Para se ter uma ideia, eles conseguiram causar seis mortes e pequenos danos pelo país.

Os balões que transportavam as bombas possuíam 10 metros de diâmetro, com cerca de 530 m³ de hidrogênio. Seus locais de lançamento foram localizados na costa leste da ilha japonesa de Honshu. Mesmo não sendo nem um pouco eficientes e com taxa de mortalidade de 0,067%, os japoneses conseguiram créditos pela excelência em engenhosidade.

Dentro dos 9.000 balões lançados, muitos foram encontrados no Alasca, Washington, Oregon, Califórnia, Arizona, Idaho, Montana, Utah, Wyoming, Colorado, Texas, Kansas, Nebraska, Dakota do Sul, Dakota do Norte, Michigan e Iowa, bem como no México e Canadá.

A engenhosidade pode ser percebida pelo modo de voo desses balões. Para a travessia até os EUA, após os balões ultrapassarem 11.500 metros, o hidrogênio era expulso, fazendo-os descer. Quando chegavam a 9.000 metros, dois sacos de lastro eram soltos automaticamente, para aliviar o peso e fazê-los subir novamente.

A estimativa era de que o tempo de voo fosse de três dias. Então, um reator que durasse esse tempo era instalado. Após ser gasto, ele ativava um mecanismo com pólvora, soltando as bombas. Logo em seguida, outro sistema fazia com que o balão fosse incendiado e destruído, para cair junto com as bombas que ainda restassem no suporte.

Andrews Claudino