A proteção que vem do céu

A segurança durante a Copa é um dos assuntos mais falados hoje na mídia. Precisamos reconhecer que o governo tem investido nisso, e que não temos um país seguro. Os índices de violência contra a população, somados aos já esperados protestos violentos durante as competições, só vêm a confirmar esse fato. Desse modo, tudo vem sendo pensado no sentido de promover a segurança. A exemplo disso, vemos atualmente o processo de pacificação de dezenas de favelas e morros em cidades-sede.

Pesquisando um pouco sobre como o governo tem cuidado desse assunto, levando em conta a fragilidade do setor aéreo no Brasil, percebi que, ao contrário de outros setores, medidas vêm de fato sendo tomadas. Como já citei anteriormente, órgãos reguladores e departamentos de polícia especializados se mobilizam e se desdobram a cada dia, para trazer ao menos uma sensação de mais segurança. Por outro lado a Aeronáutica, juntamente com o DECEA, vem também tomando medidas restritivas e ostensivas para mostrar aos nossos “visitantes” que não estamos tão desprotegidos.

Em um outro momento, foi abordado aqui no Canal Piloto o tema dos veículos aéreos não tripulados, os VANTs, onde pudemos ver suas origens e utilidade, hoje tidas como essenciais em diversas forças, desde militares a inteligência. Esse assunto vem à tona novamente após o Governo Federal patrocinar a compra de mais uma unidade de VANT para a Força Aérea Brasileira. Desta vez, o modelo Hermes 900 servirá no Esquadrão Horus, na Base Aérea de Santa Maria-RS. Além das já conhecidas vantagens estratégicas do Hermes 450 e de demais modelos de VANTs, o Hermes 900 vem com maior autonomia de voo e o sistema skEye, que utiliza dez câmeras operando simultaneamente, tornando possível o acompanhamento de vários alvos ao mesmo tempo. Inclusive, o modelo deverá ser operado por nada menos do que dez pessoas treinadas.

A FAB, a Polícia Federal e outros órgãos de inteligência apostam nessa saída, comprovadamente eficaz para fomentar uma maior segurança e controle nas áreas de risco durante a Copa do Mundo no Brasil. Particular e imparcialmente, acredito muito mais numa vigilância silenciosa e “inteligente”, do que em medidas restritivas sobre a utilização de determinadas áreas ou na proibição de alguns eventos do público, que é o que se espera que aconteça. Mas a utilização dos VANTs somente tenderá a crescer com o passar do tempo. Essa receita já testada pela FAB agradou o orçamento e o gosto de militares mais exigentes. Tem dado muito certo e se mostrado útil num país com extensões continentais.

Durante a prosseguimento da semana, veremos como a segurança na Copa irá mexer com a aviação. O DECEA sempre surge com mudanças, e raramente compreendemos o porque delas. Entendamos então o que já mudou nos nossos céus, e o que ainda está por vir.

Eduardo Mateus Nobrega
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