Short Type 184: O primeiro da soberania marítima

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Em tantas guerras e em tantos ataques realizados, sempre surgem algumas perguntas sobre qual foi o primeiro avião a abater outro, o primeiro bombardeio bem sucedido, o primeiro a afundar um navio ou destruir unidades terrestres. Sempre aparecerão boas histórias como essas. O sortudo que deu início a um ataque bem sucedido, neste texto, foi o comandante Charles Edmonds.

O Type 184 foi um hidroavião biplano que utilizava motores Gnome de 160 hp. Em 1914, passou a ser alimentado por um motor Sunbeam Mohawk de 225 hp, que já oferecia potência suficiente para a aeronave, e ainda para transportar bombas ou um observador, sem muitas preocupações, em boas condições meteorológicas.

Dois protótipos do 184 embarcaram no HMS Ben-my-Chree em março de 1915, para participar da campanha de Gallipoli. Em agosto de 1915, o comandante Charles Edmonds, pilotando uma dessas aeronaves, conseguiu soltar um torpedo de forma tão certeira que conseguiu afundar um navio mercante turco.

Durante essa batalha, foi detectado que o 184 não tinha um bom desempenho em condições meteorológicas ruins, sendo necessário que ele voasse sem um observador, ou transportando uma quantidade bem limitada de combustível. Por conta disso, o 184 foi utilizado como bombardeiro, transportando duas bombas de 112 lb, ou como aeronave de reconhecimento.

Seu primeiro voo foi no início de 1915. Já estava com dez exemplares encomendados, e um total de 936 Type 184 foram construídos por dez empresas pelo mundo, tornando-o a aeronave mais bem sucedida em produção. Permaneceu até o final da Primeira Guerra e nos estágios pós-guerra, onde foi utilizado para detectar minas até 1922.

Em 2010, o Museu da Marinha da Estônia anunciou que havia encomendado uma reprodução do Type 184, para que fosse construído e deixado de amostra em seus hangares. Porém, o principal projetista veio a óbito em um acidente com um planador naquele mesmo ano. Então, um novo grupo de entusiastas assumiu a construção. A réplica foi reproduzida, e está exibida hoje no Museu da Marinha em Tallinn, Estônia.

Andrews Claudino