Sistemas antiaéreos: Novas armas requerem novas defesas

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Com um poderio tão forte das armas antiaéreas, atingindo cada vez distâncias e altitudes maiores, as formas de defesa tiveram que seguir igual avanço.

Na Primeira Guerra, com a baixa precisão que tinham as armas da época, uma forma de defesa não foi uma preocupação muito grande, a não ser ter a sorte de que o artilheiro acertasse seu alvo em cheio.

Na Segunda Guerra, alguns projetos originalmente criados durante a Primeira foram adaptados. Um exemplo era o 75mm da Krupp, que exigia ser alterado para um desempenho muito superior. Para responder a isso, a Krupp apresentou o Flak 36, uma arma de 88 mm que se tornou a artilharia mais famosa da Segunda Guerra.

Sendo utilizada pela primeira vez na Espanha, durante a Guerra Civil Espanhola, esta arma provou ser uma das melhores armas antiaéreas do mundo, bem como particularmente mortal contra tanques de todo tipo de porte.

As tropas indianas se equiparam com uma arma Bren, adaptada para o serviço antiaéreo. Não parece muito eficaz à primeira vista, mas costumamos dizer que uma Bren Gun é mortalmente eficaz contra pequenos grupos de soldados, e até contra aviões desavisados.

O grande avanço, naquela época, foi o emprego das peças AA em navios, e até a possibilidade de utilização dos canhões contra carros de combate, mostrando-se altamente eficazes.

Próximo a grandes cidades como Londres, a principal forma de defesa contra os ataques de canhões AA foi o emprego de balões, que serviam como barragem para proteger a cidade e também seus aviões.

Para reforçar essa defesa, os britânicos utilizaram canhões QF Mark I de 5,25 polegadas, em locais permanentes ao redor de Londres. Esses canhões também foram muito utilizados nas áreas costeiras da Inglaterra.

As armas AA passaram de canhões de grande calibre para projéteis de propulsão a foguete. Os Britânicos começaram a utilizar foguetes não guiados, capazes de serem lançados em grande número. Mas o grande e verdadeiro avanço aconteceu por parte da engenharia alemã, com a criação do míssil guiado Wasserfall, com base no projeto do V-2, que teria um potente e mortífero poder sobre os inimigos. Como foram criados no final da Guerra, no entanto, esses mísseis não chegaram a ser empregados.

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Andrews Claudino