Além dos foguetes, os armamentos primários passaram a ter exigências bem maiores após a Primeira Guerra Mundial. Estas armas começaram a ter alvos específicos, e suas munições foram adaptadas para uma eficácia maior em penetrar blindagens mais leves e mais pesadas. Os aviões passaram a ter suas armas nas asas, assim aumentando a eficiência do motor e exigindo um mecanismo menos complexo para a fabricação de uma aeronave. Suas armas primárias eram compostas por metralhadoras e canhões.
Armas como a Bordkanone BK 3,7 foram montadas em aeronaves durante a Segunda Guerra, com a finalidade de atacar e destruir bombardeiros e blindados terrestres. Essas armas foram montadas em Junkers Ju 87 D-3 e G-2, em Henschel Hs 129 B-2/R3m Nesserschimitt Bf 110 G-2/R1-3, e em mais alguns outros.
O canhão da foto abaixo foi anexado sob as asas, com uma câmara auxiliar contendo 12 carregadores Shell de 37x263B mm. Sua composição era de tungstênio. A maioria dessas munições eram explosivas, e estas armas podiam efetuar 160 tiros por minuto.
Já para as bombas, existe uma lista com uma infinidade de modelos e finalidades, incluindo as nucleares. As bombas mais interessantes, sem dúvida, foram as utilizadas para a destruição de barragens ou obstáculos pela água. A Bouncing Bomb, por exemplo, é uma bomba “saltitante”, projetada para saltar sobre a água sem que ela perca a velocidade, nem seja desviada por obstáculos ou até mesmo pelo movimento da correnteza.
Quando ela perdesse a velocidade, a bomba afundaria e se detonaria. Estas bombas atingem uma velocidade de 386 a 402 km/h com o impulso da aeronave, girando a uma velocidade de 500 rpm e alcançando entre 400 e 500 metros de distância. Seu peso gira em torno dos 2.995 kg. Sua forma de detonação é por uma espoleta hidrostática, fazendo com que ela seja detonada após atingir 30 pés.
Outra bomba muito interessante é a “bomba sísmica”, que pode atingir uma velocidade supersônica no momento da queda. Após penetrar a blindagem dura do alvo e atingir o subsolo, ela é detonada, gerando um mini-terremoto, abalando todas as estruturas em volta. Estas bombas foram utilizadas não para afetar os civis, mas sim para abalar alvos estratégicos. A bomba Tallboy, por exemplo, foi lançada sobre a Alemanha para abalar a fabricação dos mísseis V-2 e destruir os projetos do que seria o sucessor V-3, bem como para atacar diversos outros alvos.
Para que estes alvos fossem atingidos, o avanço dos sistemas de lançamento dos bombardeiros teve que seguir o mesmo avanço das aeronaves. Mas os motores tinham uma grande limitação. Combinados com o desejo de precisão e de outros fatores operacionais, os bombardeiros passaram a ter funções específicas. Surgiram os bombardeiros de mergulho, bombardeiros leves, bombardeiros de torpedos, bombardeiros noturnos e de patrulha marítima. Mesmo não sendo destinados a atacar outras aeronaves, havia ainda alguns modelos rápidos com estas funções.
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