Sistemas de ataque: As armas atuais e o futuro

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Já nos tempos de pós-guerra e hoje em dia, as aeronaves a jato portam armas semelhantes às utilizadas na Segunda Guerra, porém mais potentes. O M-39 Cannon é um canhão de 20 mm, desenvolvido pelos EUA no final dos anos 40, e muito utilizado por aeronaves dos anos 50 até os anos 80. Esta arma equipou vários caças, tais como F-86 Sabre, F-100, F-101 e F-5. Os F-5 operacionais em diversos países, incluindo o Brasil, estão equipados com estas armas. Seu comprimento é de 1,83 m, pesando 80,2 kg. Elas atingem 1.500 tiros por minuto, podendo gerar uma velocidade de 1030 m/s para cada projétil.

Outro canhão utilizado até hoje é o GAU-8 Avenger de 30×173 mm, arma quase exclusiva do A-10 Thunderbolt II. Pesando 281 kg, ele pode chegar a até 4.200 tiros por minuto. Seus projéteis podem atingir até 3.660 metros cada.

Estas armas e mais algumas outras estão em serviço até hoje por conta de sua eficiência e posicionamento na aeronave, já que não é mais necessário um sistema de adaptação para os motores. Estes canhões e outros primários são de extrema importância para uma aeronave de combate, já que se esta fosse equipada somente por mísseis, suas funções seriam bem limitadas, e suas defesas mais ainda.

Quanto aos mísseis modernos, existem inúmeros, cada um com sua característica e necessidade do país que os produz ou compra. A França, por exemplo, criou o MBDA MICA, um míssil de interceptação e de combate ar-ar, do tipo multi-alvo. Ele possui um sistema de curto e médio alcance, além de controle de impulso. Desenvolvido a partir de 1982, seus primeiros testes ocorreram em 1991, e em 1996 foram encomendados para equipar o Rafale e o Mirage 2000, substituindo o Super 530 e o Magic II. Este míssil pode voar até uma altitude de 11 km, em velocidade de Mach 3.

O futuro dos mísseis também parece ser bastante promissor. Em destaque, o Brasil também possui um projeto em aliança com a África do Sul para 2015. O A-Darter é um míssil capaz de manobrar até dez vezes mais rápido que um caça de combate, e será o próximo armamento para os caças A-1 e os Gripens.

Seu comprimento é de 2,98 m, podendo pesar até 90 kg. Esse míssil foi criado para combates ar-ar, e é guiado pelo calor do exaustor do alvo. A grande inovação dos mísseis brasileiros é o sistema de empuxo vetorado, fazendo com que o míssil realize manobras que nenhuma outra aeronave seja capaz de realizar, além de produzir menos fumaça do que os modelos mais antigos. Este será o nosso novo míssil de quinta geração a ser produzido.

Na Guerra Fria, os bombardeiros eram o único meio de transporte de armas nucleares até os alvos inimigos, tendo também um bom papel de dissuasão. Os bombardeiros tinham a necessidade de voar em alta velocidade e alta altitude, para evitar que fossem interceptados ou detectados com facilidade. Com a aparição de radares e mísseis antiaéreos com maiores capacidades, os bombardeiros passaram a voar baixo, para evitar que fossem detectados e interceptados. A partir daí, alguns bombardeiros supersônicos como o Tu-160 Blackjack começaram a aparecer, mas em números pequenos.

Andrews Claudino