Sistemas de ataque: Da defesa ao ataque

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Durante a Primeira Guerra Mundial, as grandes máquinas de transporte e ataque – tanto por terra, água ou ar – acabaram fazendo parte de uma gama de adaptações sem tamanho. Os aviões no início da Guerra, por exemplo, eram empregados exclusivamente para reconhecimento. Mesmo com os riscos, todas ou pelo menos a maioria das aeronaves eram tripuladas por um piloto e um observador. Este observador servia para localizar, reconhecer e ainda registrar o alvo no mapa, e também para avisar ao piloto de aproximações hostis pelo ar.

Como as aeronaves eram destinadas ao reconhecimento do terreno, nada se fazia a não ser que algum piloto tivesse a brilhante e arriscada ideia de tentar interceptar o inimigo, utilizando seu próprio avião. Claro que isto não era praticável e muito menos útil, levando assim à necessidade dos observadores carregarem rifles de precisão, para uma resposta ao inimigo caso fosse avistado. Os rifles de serviço britânicos eram ótimos para este emprego inicial. Um bom exemplo era o Pattern 1914 Enfield de 7,7 mm, que pesava apenas 4,25 kg descarregado. Devido ao material das aeronaves naquela época, este rifle era o suficiente.

Mais tarde, este ato de defesa para uma possível aproximação hostil acabou servindo de demonstração de que a aeronave poderia ser uma parte importante no campo de batalha. Inicialmente, os britânicos projetaram o Airco DH.2. Este biplano, com um design bem estranho, tinha seu motor na parte de trás, enquanto a arma ficava na frente. A principal desvantagem desses motores é que eles tinham uma enorme facilidade de falhar. No entanto, eram aeronaves muito manobráveis.

Sendo o primeiro caça monoposto britânico, o Airco DH.2 foi equipado com um rifle Lewis automático, portando munições .30-06 Springfield de 7,62×63 mm ou munições Mauser de 7,92×57 mm. Sua cadência de tiro era de 500 a 600 tiros por minuto, podendo atingir uma velocidade de 740 m/s e uma área eficaz de 880 metros, tendo seu alcance máximo de 3.200 metros.

Comparado com os rifles de repetição única, este foi um belo avanço para os aviões de combate que triunfaram durante a Guerra. Nessa época, também, os bombardeiros começaram a surgir, a partir dos Zeppelins. O primeiro ataque ocorreu em 1914 em Antuérpia, quando as tropas belgas estavam para realizar ataques contra as tropas alemãs, marchando através da Bélgica.

As primeiras aeronaves mais pesadas do que o ar concebidas para serem bombardeiras foram o italiano Caproni Ca-30 e o britânico Bristol TB-8, ambos de 1913. O Bristol foi um dos únicos biplanos com motor central construído pela Bristol Airplane Company.Eles foram equipados com miras à frente da cabine, especialmente para o lançamento preciso de bombas, e um cilindro na parte inferior dianteira da aeronave, capaz de transportar doze bombas de 4,5 kg, que poderiam ser lançadas individualmente ou todas de uma vez.

Andrews Claudino