Ainda na Primeira Guerra, outras armas que complementaram as metralhadoras foram os primeiros foguetes Le Prieur. O Le Prieur foi uma inovação gigantesca em 1916. Estas armas foram os primeiros equipamentos mais próximos de um míssil a operarem em uma guerra. Com seu sistema incendiário, ele foi utilizado para combates ar-ar contra balões de observação e dirigíveis.
Estes foguetes foram construídos utilizando formas simples, como um tubo de papelão contendo 200 gramas de pólvora preta, uma cabeça cônica de madeira anexada por um papel combustível ou fita de linho, e uma lâmina triangular na ponta, tal como uma lança. O foguete acabava tomando um tamanho de aproximadamente 1,5 metros, e era colocado dentro de um tubo de lançamento, fixado aos estais do biplano. A maior preocupação dos oficiais da alta patente francesa era de que isso pudesse incendiar a aeronave.
Com alguns testes realizados utilizando estes foguetes, obtiveram sucesso absoluto. Em seguida, colocaram-nos em serviço. Mesmo com sua grande imprecisão e seu alcance limitado em cerca de 115 metros, esta arma garantiu 35 vitórias para a França durante a Primeira Guerra. O disparo era efetuado de forma elétrica, com um interruptor no cockpit. O piloto, para conseguir uma precisão maior, deveria mergulhar em um ângulo de 45º, fazendo também com que o foguete conseguisse uma maior aceleração. Cada aeronave francesa na época era equipada com pelo menos 8 destes foguetes.
Já na Segunda Guerra, estes foguetes tiveram uma melhoria significativa na parte de precisão e eficiência. Muitas nações já utilizavam estes sistemas. A Rússia, por exemplo, criou diversos deles. Dentre eles, havia o RS-82 e o RS-132. Seus projetos começaram na década de 1930, criando foguetes para a finalidade antiaérea em agosto de 1939. Eles entraram em serviço em aeronaves em 1940, equipando os bombardeiros Tupolev SB, que abateram 16 caças e 3 bombardeiros japoneses na Batalha de Khalkhin Gol.
Estes foguetes ainda sofriam bastante com a imprecisão. A uma altitude de 1.600 pés, 1,1% dos 186 RS-82 lançados acertou um único tanque, e 3,7% atingiram uma barreira de tanques. Algumas variantes foram criadas, uma com ogiva explosiva, outra perfurante, outra de fragmentação. Nessas variantes, as melhorias começavam a aparecer com as ogivas maiores. Muitos países sofreram bastante com esses foguetes no início.
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