As tecnologias da Guerra Fria

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Na década de 70, um dos meus caças favoritos começou a ser desenvolvido, o Mikoyan MIG-29. Ele entrou em serviço em 1983, mantendo-se em operação até hoje, fazendo parte do poder aéreo Russo, bem como dos países para onde foi exportado.

Não são muitos os países que ainda o mantêm, já que seu elevado custo de manutenção e consumo está fazendo com que até a Força Aérea Russa tenha interesse em substituir, com extrema urgência, todos os que estão voando ainda.

A Alemanha Oriental também possuía estes belos caças. Após a queda do Muro de Berlim, os americanos e a OTAN passaram a ter o que eles tanto temiam em mãos: um exemplar de um MIG-29. Desde então, descobriram algo extremamente sensacional para a época.

O Fulcrum, com foi nomeado pela OTAN, tinha algo que nenhum outro caça no mundo tinha: o HMD (Helmet Modular Display), aqueles capacetes com as informações semelhantes às do HUD (Head Up Display), mas sem precisar tirar os olhos de seus alvos.

Era uma informação totalmente inovadora, que foi “roubada” pela USAF para sua própria segurança, a fim de evitar grandes perdas de seus equipamentos durante um combate.

Desde então, o mundo inteiro tem acesso a essa tecnologia, sendo que hoje, nenhum caça atual é projetado e construído sem este recurso. Até mesmo nossos A-29 Super Tucano, F-5 e o A-1 AMX foram atualizados para o uso da tecnologia HMD, melhorando em 100% a capacidade de combate.

Antigamente, na ausência do HMD, o combatente tinha que ter preocupações maiores, tais como prestar atenção ao painel, horizonte, velocidade, altitude, no HUD e no possível inimigo. Mas mesmo com esta tecnologia, o MIG-29 infelizmente não teve um bom histórico nos combates ar-ar, assim registrando muitas perdas.

Andrews Claudino