Triângulo das Bermudas: “Como pode?”

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O Triângulo das Bermudas se tornou um lugar muito famoso e temido por muitos. Infelizmente, não há nenhum mapa oficial para o local, nem como saber como chegar lá.

O local serviu de protagonista de muitas histórias, artigos e estudos que acontecem até hoje. De acordo com alguns estudiosos, o Triângulo das Bermudas é um lugar que realmente existe. Dezenas de navios e aviões desapareceram com seus tripulantes, sem qualquer tipo de explicação que possa ser racional.

A maior parte das histórias de desaparecimentos ocorreu durante a Primeira e Segunda Guerra. Alguns se tornaram tão famosos, que continuam sendo um mistério até hoje. Dentre essas histórias, temos o desaparecimento de 5 Grumman TBF Avenger de uma vez.

Liderados pelo Ten. Charles C. Taylor, os aviões decolaram no dia 05 de dezembro de 1945 em uma missão de rotina, saindo da Florida. Taylor possuía cerca de 2500 horas de voo em aeronaves deste tipo, enquanto os alunos possuíam cerca de 300 horas totais, incluindo 60 horas no Avenger.

Durante o voo, um membro não identificado solicitou a Powers, um dos alunos, a leitura da bússola. Powers respondeu: “Eu não sei onde estamos. Acho que nos perdemos depois da última leitura”. Logo em seguida, o piloto do FT-74 transmite: “Este é o FT-74, algum avião ou barco chamando ‘Powers’ por favor, identifique-se para que alguém possa ajudá-lo”. Sem obter resposta, o FT-74 tenta novamente, e acaba sendo respondido por um piloto identificado como FT-28 (Taylor). O FT-74 então continua: “FT-28, este é o FT-74, qual o seu problema?”. Taylor responde: “Ambas as minhas bússolas estão fora, e eu estou tentando encontrar Fort Lauderdale, Florida. Estou sobre uma grande ilha, acredito que seja a Ilha de Andros.”

O FT-74 enviou então as diretrizes que o levariam diretamente para Fort Lauderdale, mas Taylor não acreditou que este rumo estivesse correto. Após alguns minutos, disse que eles não haviam se afastado muito da orla. Contornaram novamente e seguiram para o leste. Devido a esta manobra, contrária à sugerida, as transmissões começaram a perder a força, já que começaram a sair do alcance do rádio.

Por conta deste problema, foi sugerido a Taylor que transmitisse na frequência 4805 kilociclos, mas esta ordem não foi recebida com clareza. Então, foi novamente sugerido a Taylor que alterasse para a frequência de emergências, 3000 kilociclos, mas Taylor respondeu: “Eu não posso alterar a frequência, devo manter meus aviões intactos.”

Durante todas as transmissões recebidas e as que falharam, foram-lhe passadas várias coordenadas a fim de levá-los de volta para casa. No entanto, Taylor ignorou os procedimentos, como se tivesse que continuar com a missão a todo custo. Foi mais tarde explicado que essa atitude pode ser atribuída a uma disciplina militar.

Em meio a tantas tentativas, a última mensagem de Taylor foi captada. Ela dizia: “Todos os pilotos, aproximem-se, nós temos que abandonar a missão. Quando o primeiro avião cair com o combustível abaixo dos 10 litros, todos nós desceremos juntos.”

Anteriormente, quando se tornou óbvio que os aviões estavam perdidos, várias bases aéreas, aeronaves e navios mercantes foram alertados. Dois hidroplanos PBM-5 dos fuzileiros navais foram rumo às buscas na área. No entanto, um explodiu após a decolagem, e o outro não conseguiu localizar nada. Em outra base, um PBM-5 (BuNo 59225), que havia decolado para um voo de treinamento, foi desviado para ajudar nas buscas dos 5 aviões do voo 19. Porém, perto das 19:30, os pilotos do PBM realizaram uma chamada no rádio e, depois disso, nunca mais se ouviu falar deles. Hoje fazem parte do registro de aviões que nunca foram encontrados.

Algumas horas mais tarde, os tripulantes do navio SS Gaines Mills relataram ter observado uma explosão com chamas, atingindo até 30 metros de altura, e queimando por 10 minutos. O Capitão Shonna Santley informou que as buscas por sobreviventes seriam em vão, já que havia uma enorme quantidade de óleo queimando no local. Afastado dali, outro navio havia relatado, também, a perda de contato radar com uma aeronave na mesma posição e horário.

No total, foram 14 pilotos desaparecidos e 13 tripulantes de PBM-5 perdidos, entre os que estavam a bordo do PBM-5 que desapareceu nas buscas, e do segundo que explodiu após a decolagem.

Andrews Claudino