Visitando a Academia da Força Aérea

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Saudações leitores do CP!

Venho contar para vocês a incrível experiência que pude desfrutar, no início do mês de novembro tive a oportunidade de passar três dias na AFA – Academia da Força Aérea em Pirassununga, o ninho das águias!

Chegando á Pirassununga já se começa a perceber a quão ligada a aviação é aquela cidade, algumas aeronaves espalhadas pela cidade em monumentos, alguns T-25 e outras aeronaves aposentadas da FAB, indicações sobre o EDA e muito mais! Chegando à AFA já se via um Ipanema rebocando um planador. Passando pela entrada, havia aeronaves já aposentadas no gramado, e em frente ao prédio principal há um Xavante em um monumento, muito bonito.

Como estávamos em um acampamento, arrumamos o campo e fiquei observando os planadores que eram muitos por sinal que mais para frente explicarei o motivo de haver planadores na AFA.

Almoçamos, hasteamos a bandeira junto aos militares e ao Brigadeiro do Ar Amaral que se apresentou a nós com toda a atenção e boa vontade, resumindo, um cara gente fina! Após o hasteamento, nos dirigimos para o auditório onde o Brigadeiro nos deu uma palestra, apresentando a Academia, os recursos e muito mais.

Começamos a palestra com um vídeo motivacional da AFA em si, ótimo vídeo, que tenho certeza que influenciou cada um ali dentro daquele auditório, deixando a emoção de lado foram apresentados todos os recursos que a AFA dispõem que agora irei tentar explicar:

Na AFA, se entra como Cadete, e lá, ele vai estudar e muito ao longo dos anos, sendo que a média de matérias/ano é 33, variando de Teoria de Voo até Contabilidade. Sim, é estranho, mas o cadete termina a sua formação com duas faculdades além da formação de piloto.

Os cadetes levantam todo dia as 6:00 da manhã e realizam o hasteamento da bandeira, após isto começam a estudar e estudam até 12:00, hora do almoço, após 13:00 os estudos voltam e se não me engano eles ficam na sala de aula todos os dias da semana até as 15:00. Após isto, eles praticam educação física até as 19:00 e depois estão livres até as 22:00. Cansativo não?!

Agora vem uma parte boa, como se a anterior já não fosse rsrs. Aos fins de semana, os cadetes podem fazer partes de clubes, e dentre os vários existentes, os mais usados são o clube de tiro, esgrima, musculação e voo a vela, estes dois últimos os mais cheios, por isto de haver tantos planadores em voo o dia inteiro!

Terminada a palestra seguimos para o refeitório e almoçamos, logo em seguida fomos para o Museu da Aviação da TAM em São Carlos, isto vai ficar para o próximo capítulo, rsrsrs.

No segundo dia acordamos cedo, fizemos a cerimônia da bandeira e fomos para o café da manhã no refeitório da academia, a alimentação é ótima, e além do mais é produzida ali mesmo na Fazenda da AFA que não irei entrar em detalhes se não o texto ficaria muito extenso.

Fizemos algumas atividades não ligadas á aviação no período da manhã. Depois de almoçar, teríamos uma apresentação do Canil da AFA, que dispõem de pastores alemães, rottweillers e labradores. Foi uma ótima apresentação, os cães são bem treinados e alegres, e também houve a apresentação por parte de um pastor alemão de ataque à suspeito, o cão é muito bom no que faz e só obedece á voz do adestrador, e mesmo após o ataque, a vítima neste caso pode passar a mão no animal tranquilamente, resumindo não cria ódio pela pessoa.

No período da tarde, fomos ao corpo de bombeiros da AFA e que também serve SBYS por completo, onde nos foi apresentado todo o equipamento, nos apresentaram os veículos, salientando um novo veículo austríaco que consegue furar fuselagem com a pressão que ele produz, lançar água a 50 metros e derrubar um T-27 de tanta potência que ele detém! Para completar tivemos uma demonstração ao vivo deste veículo, além de mais dois, mas acabamos levando a pior e tomamos um banho de água de três veículos dos bombeiros.

No terceiro e melhor dia, fizemos novamente as cerimônias de manhã tudo normalmente e nos reunimos na área central da Academia e nos dirigimos á sala de embarque, que fica do lado da torre, até aquele momento não sabíamos com qual aeronave iríamos voar, mas a ansiosidade de saber chegou ao fim quando um Amazonas pousou em taxiou até o pátio em nossa frente, tinha vindo direto de Brasília para nos atender. E como nos atendeu.

Como haviam por volta de 200 pessoas, foi decidido que haveriam quatro voos com duração de 25 minutos, o que não aconteceu no primeiro, que era o qual eu estava, com uma duração de 40 minutos, muito bom! Como o teto estava baixo por volta de 1500’ AGL, voamos acima das nuvens e quase não vimos o solo.

Após todo o voo, fizemos um ótimo pouso e prosseguimos até o pátio para á entrada da próxima turma, na saída uma surpresa, os T-27 do EDA estacionados na beira da taxiway, eles iriam sair naquele mesmo dia para se apresentar em Campinas, seguimos para o hangar do EDA, onde havia duas aeronaves reservas e também dois A-29 que ainda estavam sem a pintura do EDA, na época eram os primeiros a chegar, foi explicado o que há de melhor nos A-29 em relação aos T-27 e também sobre a nova pintura. Já saindo do hangar encontramos com um piloto do EDA batemos um papo curto com ele, gente boa como todas ás pessoas dentro da AFA, e voltamos ao campo.

Era a última atividade na AFA, houve a cerimônia de despedida junto ao Brigadeiro que, como sempre muito prestativo, aproveitei e tirei uma foto com ele e fomos embora já com saudade daquele local. Ainda no caminho de volta à São Paulo, conseguimos ver algumas manobras da apresentação do EDA em Campinas para fechar com chave de ouro!

E é com essa surpresa no final que termino o meu relato! Até a segunda parte, onde relatarei minha visita ao museu da TAM!

Fly Safe.

Vinícius Dimovici

Renato Cobel
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