Warp Drive: Uma viagem à velocidade da luz

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Quando falamos em equipamentos espaciais, logo lembramos de filmes como Star Trek, Star Wars, e vários outros campeões em bilheterias – e claro, de muita ficção científica. Principalmente quando o design de equipamentos reais se torna realmente semelhante às grandes naves apresentadas nos filmes. A busca pelo transporte que possa atingir ou até ultrapassar a velocidade da luz ainda não foi deixada de lado. Desde projetos como o X-43A, os físicos e projetistas da NASA procuraram criar milhares de equipamentos por computador para fins de estudo.

Após a descoberta da Partícula de Tcherenkov, foi provado que a velocidade da luz é algo alcançável, e até mesmo ultrapassável. Porém, como essa partícula foi estudada em um estado físico onde se mostrou possível atingir tal velocidade, a NASA vem buscando formas de colocar algo do tamanho de um avião pra fazer o mesmo. O Warp Drive é um conceito de estudo ambicioso, comparável às teorias dos cinemas, onde se viaja através de uma bolha de dobra, fazendo com que a espaçonave possa ser comprimida e o espaço atrás seja expandido.

De acordo com o conceito de Warp Drive, o tecido de espaço e tempo à frente de uma espaçonave se contrai, enquanto o espaço e tempo atrás da mesma se dilata. A espaçonave em questão viajaria dentro de uma “bolha”, onde o espaço e tempo permanecem inalterados, de forma a respeitar um dos conceitos da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, onde é postulado que um objeto com massa não pode viajar mais rápido do que a luz. Pode parecer ficção, mas a teoria é defendida por estudos sérios, como o da Propulsão Alcubierre, proposta em 1994 pelo físico mexicano Miguel Alcubierre.

Como nenhuma aeronave pode se mover a esta velocidade, os cientistas estão levando em consideração a possibilidade do espaço se expandir e contrair em qualquer velocidade. Assim, este novo projeto incorporará dois enormes anéis que criam a bola de dobra. Isso soa um tanto quanto futurista, mas esses físicos, cientistas e projetistas estão trabalhando sério neste caso, e já realizam testes para detectar bolhas microscópicas de dobra. Se realmente conseguirem, a tecnologia poderá avançar de uma forma tão rápida, que “talvez uma experiência de ‘Star Trek’ dentro de nossas vidas não seja uma possibilidade tão remota”. É o que diz Dr. Harold “Sonny” White, líder do projeto.

Andrews Claudino