Zeppelin-Staaken R.VI: O terror dos londrinos

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Em setembro de 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, Ferdinand von Zeppelin estudava a possibilidade da construção da maior aeronave biplana do mundo. Os engenheiros para a construção desse gigante foram os mais conceituados e bem sucedidos no desenvolvimento de aviões para a Primeira Guerra, como Hugo Junkers, Claudius Dornier e Robert Bosch GmbH.

O primeiro exemplar construído voou pela primeira vez em Abril de 1915, sendo alimentado por três motores, um para puxar e dois para empurrar toda a estrutura de 42,2 metros com quatro compartimentos, para tripulantes e bombas. Infelizmente ele caiu durante os voos de testes. Uma segunda aeronave com esse mesmo design foi construída, e mantida durante toda a Primeira Guerra.

Logo em seguida, a terceira aeronave foi construída. O projetista equipou-a com seis motores Maybach de 160 hp cada. Eles funcionaram em paralelo para conduzir as três hélices. No final, entre todos esses projetos, o R.VI foi a aeronave selecionada para ser colocada em produção em série.

Ele foi equipado com quatro motores que funcionavam em conjunto. Foi a segunda aeronave com um cockpit totalmente fechado, e o apoio de terra para essa aeronave era composto por “apenas” 50 homens. Ele normalmente transportava dois mecânicos, que eram transportados entre os motores e as bombas, em um compartimento interno localizado sob os tanques de combustível centrais.

Os primeiros exemplares construídos passaram a servir em Alt-Auz e Vilua, em Kurland, até 1917. Quase todas as missões foram realizadas no período noturno com 770 kg de bombas, operando normalmente entre 6.500 e 7.800 pés, com missões que duravam até 5 horas sem pausa.

A Alemanha normalmente teve uma média de cinco R.VI disponíveis para voar de imediato. Eles realizaram onze ataques na Grã-Bretanha, entre Setembro de 1917 e Maio de 1918, soltando 27.190 kg de bombas em 30 missões. Em uma dessas missões, dois caíram ao retornar à base. No total, foram quatro R.VI abatidos em combate, e seis destruídos em acidentes. Seis de todos já construídos sobreviveram à guerra.

Andrews Claudino