Nessa quarta-feira (16), um estudo apresentado ao governo do Rio Grande do Sul recomenda a construção de um aeroporto na região metropolitana de Porto Alegre (RS), o que poderá desativar o Aeroporto Internacional Salgado Filho.
A consultoria inglesa PwC, especialista em aeroportos, fez o estudo a pedido da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) e da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul (FECOMÉRCIO-RS).
O estudo concluiu que, mesmo com as obras de ampliação, a capacidade do aeroporto será esgotada em até dez anos, tanto em passageiros como em cargas. Atualmente, o aeroporto de Porto Alegre atende apenas a metade das exportações do estado. A pista não suporta o peso de uma aeronave de grande porte, por exemplo:
“Se tivéssemos rotas adequadas partindo do Rio Grande do Sul, nossa carga aérea multiplicaria, de imediato, por quatro. Existem muitas empresas que exportam seus produtos por outros aeroportos do Brasil”, diz o presidente da AGDI, Marcus Coester.
A consultoria afirmou que, para um fluxo de 23 milhões de passageiros, a construção do aeroporto seria viável. Hoje, a capacidade atual do Salgado Filho é de 13 milhões de passageiros, conforme a INFRAERO.
Seriam gastos algo em torno de US$ 800 milhões a US$ 1,4 bilhão para a construção desse novo aeroporto. O estudo indica ainda que a construção deveria ser executada paralelamente às atuais obras de expansão e melhoria do Salgado Filho.
Nenhum local específico para sediar o novo aeroporto é apontado pelo consultoria, mas ele antecipa que há variadas possibilidades na Região Metropolitana. Municípios como Nova Santa Rita (RS), Canoas (RS), Guaíba (RS) e Viamão (RS) estão sendo considerados.
Caso a viabilidade econômica seja positiva, a expectativa é que os possíveis locais sejam analisados com maior calma.
“Nós já podemos tentar atrair investimentos, inclusive de fora do país, e depois partir para a outra etapa, que é a da localização do próprio aeroporto”, diz o secretário do Desenvolvimento e Promoção do Desenvolvimento, Mauro Knijnik.
Por Antonio Ribeiro
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