Quando se fala de guerra, uma das primeiras coisas que vem à cabeça são os equipamentos militares, mas não podemos deixar de lado a estratégia. Como já disse Sun Tzu: “A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota.”
Com base nesta frase, iremos falar de um equipamento militar que na realidade não voava. Era uma espécie de Ekranoplano (tipo de aeródino russo projetado para voar utilizando o efeito solo para sua sustentação), porém criado para operar na neve.
Os Aerosanis (Аэросани) são uma espécie de snowboard preparado para o combate, utilizando uma estrutura contraplacada, esquis e motores de avião com grandes hélices. Os Aerosanis foram utilizados pelo Exército Vermelho durante a Primeira Guerra, a Guerra de Inverno e a Segunda Guerra.
Seu principal emprego foi para serviço postal, assistência médica, patrulhamento de fronteira, invasão e reconhecimento.
Durante a Guerra de Inverno, travada contra a Finlândia em meados de 1939/40, estes Aerosanis foram equipados com uma metralhadora de longo alcance, e configurados com capacidade para transportar de 4 a 5 homens, além de rebocar mais quatro em esquis.
Por conta de sua fraca capacidade de escalada, manobrabilidade e limitação às estradas, eles se moviam e davam suporte às tropas em campo aberto, diminuindo muito sua utilidade em termos práticos.
Mesmo com essa baixa capacidade, Andrei Tupolev projetou dois modelos de Aerosanis, um ANT-I e ANT-V, que na teoria, seriam “trenós voadores”. Nunca houve, no entanto, razão para que fosse colocado em prática este projeto.
Durante a Segunda Guerra, os Aerosanis foram aperfeiçoados, passando a utilizar motores automotivos e blindagens leves de 10mm em chapas de aço. Passaram assim a fazer parte da divisão blindada de infantaria de esquis do Exército Vermelho.
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