Nessa semana, a ANAC abriu um processo administrativo contra a Trip. O motivo de se deve ao fato da empresa usar em diferentes aeroportos do país uma modalidade de aterrissagem não autorizada, pousando com baixa visibilidade.
Um relatório da agência, realizado no final do mês de Agosto desse ano, revela que a companhia aérea “recorrentemente realiza procedimentos de aproximação não aprovados”, o RNAV Approach.
A técnica de aterrissagem utiliza alguns instrumentos da aeronave, como o GPS, que permitem aos aviões voar a menor velocidade nos momentos prévios à aterrissagem. Porém, podem haver falhas dos próprios instrumentos, que não são homologados para tal função.
O RNAV Approach possibilita aos pilotos aterrissar inclusive em casos de pouca visibilidade, evitando assim sobrevoar uma área até que as condições melhorem ou ter de deslocar-se a outros aeroportos, o que aumenta os custos das companhias aéreas.
O uso da técnica descrita requer uma série de certificados que a companhia aérea não dispõe, além de estar restrito a aeroportos que especificamente tenham sido autorizados para essa manobra.
Do outro lado da disputa, a Trip confirmou a manobra e descartou que isso represente um risco para a segurança. O presidente da Trip, José Mario Caprioli, explicou que a empresa suspendeu a prática ao receber a notificação oficial:“É uma técnica moderna e muito segura”.
Por Antonio Ribeiro
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