Nessa quarta-feira (08), a Embraer deu um importante passo ao anunciar a segunda geração dos E-Jets: Os motores PurePower, da fabricante canadense Pratt & Whitney,foram selecionados para os modelos, que devem entrar em serviço em serviço no ano de 2018.
“A decisão é um marco importante para o programa, que deverá ter seu lançamento oficial este ano”, afirmou a companhia, em comunicado divulgado nesta terça-feira (08).
A canadense Pratt & Whitney é uma divisão da United Technologies. Atualmente, a fornecedora exclusiva dos motores da atual família de E-Jets é a estadunidense General Electric.
Conforme informações da Embraer, a segunda geração dos E-Jets complementará uma série de melhorias em curso que atualmente estão sendo implementadas na família existente, cujo resultado deverão ser maiores benefícios para seus clientes.
De acordo com a brasileira, os novos motores possuem evoluções de sistemas que “resultarão em melhorias de dois dígitos no consumo de combustível, custos de manutenção, emissões e ruído externo das aeronaves”.
A primeira entre as grandes fabricantes a anunciar um avião que promete economizar uma quantidade significativa de combustível foi a canadense Bombardier, com a família CSeries, em 2008. Porém, até agora, o modelo não foi um sucesso de vendas, trazendo novos desafios à fabricante.
A Bombardier está investindo 3,3 bilhões de dólares para desenvolver os C-Series de 110 a 149 passageiros, disse em Novembro que o primeiro voo do modelo acontecerá no fim de Junho de 2013. Vale ressaltar que a estimativa anterior previa que o primeiro voo fosse realizado até esse mês de Janeiro.
Substituir os motores de seus maiores aviões pode ter sido uma acertada decisão da Embraer ao invés de desenvolver uma nova aeronave, já que a Airbus e a Boeing resolveram lançar versões remotorizadas de seus respectivos A320 e 737NG
A fabricante de jatos confia que parte da recomposição de sua carteira de pedidos em 2013 venha da família remotorizada de seus aviões regionais.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Embraer
