Nesse domingo (20), a FAA anunciou que o incêndio no porão de um 787-846 da Japan Airlines em Boston, ocorrido no último dia 07 de Janeiro, não foi causado pelas baterias da aeronave, como era imaginado.
No caso, os ocupantes de um voo entre o Japão e os Estados Unidos precisaram ser evacuados às pressas do avião, além da equipe de bombeiros do aeroporto ter sido acionada para atender a ocorrência.
O modelo sofreu uma série de problemas técnicos desde o início do ano, o que obrigou a FAA e outros países a proibir os voos do modelo até que a aeronave seja inspecionada.
A Junta Nacional de Segurança no Transporte (NTSB, na sigla em inglês) dos Estados Unidos disse que até o momento sua investigação demonstrou que a bateria não foi culpada pelo incêndio do dia 7 de Janeiro em um avião vazio da Japan Airlines em Boston.
“A análise dos dados do avião 787 da Japan Airlines indica que a bateria APU não superou a voltagem projetada de 32 volts”, disse o órgão estadunidense em um comunicado.
A bateria passou por um exame físico, que incluiu passagens por aparelhos de raios X e scanners, além do desmonte e posterior remontagem do equipamento. Porém, as análises ainda não foram concluídas.
O NTSB disse ainda que representantes de seus homólogos japoneses e franceses estavam participando da investigação e destacou que enviou um investigador ao Japão para a investigação relativa ao incidente.
A Boeing anunciou que iria adiar a entrega de seus 787 Dreamliner, mas que a produção das aeronaves continuaria, enquanto os especialistas em segurança examinam a bateria e os sistemas elétricos.
Os problemas sofridos colocaram em xeque a segurança do avião, composto em grande parte por materiais compostos e revolucionários. Até agora, apenas pequenas partes das atuais aeronaves eram construídas em materiais modernos.
Nenhuma companhia aérea cancelou as compras do 787, mas, com 850 pedidos de aviões de mais de 200 bilhões de dólares, há uma fortuna em jogo.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Sergey Kustov