Nessa quarta-feira (15), as companhias aéreas Azul e Trip anunciaram que pretendem começar o acordo de code-share em até dois meses. O pedido já foi realizado junto a ANAC, e se encontra atualmente em avaliação pela agência. Se o pedido for aprovado, os clientes poderão comprar passagens Trip no site da Azul, tendo ainda facilidades de conexão em voos das duas empresas.
A ANAC possui até 30 dias para avaliar o pedido. Mas com a greve de funcionários das agências reguladoras fez as empresas trabalharem com um prazo mais estendido para iniciar o acordo. A operação precisa ser comunicada ao Cade, porém, não depende da aprovação do órgão por ser considerada ‘reversível’.
A união das duas empresas formará uma companhia que atende 99 aeroportos com 115 aeronaves, e prevê faturar R$ 4,2 bilhões em 2012. As empresas somaram 14,75% de participação no mercado de voos domésticos em Junho desse ano.
A marca da nova empresa ainda não foi escolhida. “Mas já decidimos que vamos ter uma só. É mais econômico”, afirma José Mário Capriolli, presidente da Trip. As empresas contrataram uma pesquisa para avaliar qual nome é mais forte – Azul ou Trip. A decisão será anunciada em até 30 dias, segundo Gianfranco Beting, diretor de marketing da Azul.
A integração das malhas é um dos processos que dará os principais ganhos de sinergia para as duas empresas. Os horários de voos serão definidos para permitir que o maior número possível de passageiros de uma empresa alimente os voos da outra. Por enquanto, não houveram mudanças na malha das duas empresas.
Tanto os executivos da Azul quanto os da Trip não quiseram informar uma previsão de data para conclusão da fusão. Há, no entanto, uma expectativa de que as duas empresas cheguem até o fim do ano com uma única estrutura societária. Hoje, elas são duas empresas controladas pela holding Azul Trip.
O caminho para fazer das duas empresas uma só continua mesmo após a aprovação do Cade. Elas só terão um único CNPJ quando seus Certificados de Homologação de Empresas Aéreas (Cheta) forem unificados. “Isso depende de critérios técnicos e a unificação pode levar cerca de um ano”, diz Caprioli.
Bom, pelo menos a empresa não se chamará “Tripazul”.
Por Antonio Ribeiro