Antiga área ocupada pela Vasp em Congonhas está contaminada

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Vários anos atrás, a Vasp abandonou seus aviões em vários aeroportos brasileiros, sendo que alguns ainda estão se deteriorando. Mais de sete anos depois, após o desmonte das aeronaves paradas no Aeroporto de Congonhas (SBSP), foi-se descoberto que uma área de 170 mil m² está contaminada por pelo menos 69 toneladas de resíduos tóxicos, entre combustível, solvente e metais pesados.

Na melhor das hipóteses, o local só poderá ser usado a partir de 2015, devido ao fato de que a Infraero lançou um edital e deu 15 meses para uma empresa privada fazer um diagnóstico, para só então ‘limpar’ a área.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) já comprovou a contaminação do local, e concluiu que pelo menos 89 mil m² da área estão comprometidos, ou representam risco potencial de contaminação. O restante do terreno necessita de um laudo conclusivo, mas já consta como ‘área suspeita’.

O interesse em usar esse terreno para desafogar o aeroporto é tanto que a Infraero pediu autorização judicial à massa falida da Vasp, e irá arcar com os R$ 221 mil gastos para realizar a descontaminação – a legislação ambiental diz que as duas seriam corresponsáveis no processo.

Para se ter uma ideia, todo o terminal de passageiros de Congonhas tem apenas 51 mil m²; o pátio de aeronaves, 77 mil m² e somente 23 posições de estacionamento de aviões. A área da Vasp resolveria um grande gargalo do aeroporto: a falta de espaço para as aeronaves pararem.

O último entrave para incorporar de vez o terreno à área operacional do aeroporto eram os aviões-sucata que permaneciam ali, mas os últimos quatro foram desmontados nesta semana. Além das 69 toneladas de produtos químicos, sete tanques de combustível subterrâneos usados pela Vasp e diversos outros líquidos inflamáveis (como lubrificantes, tintas e solventes) deverão ser retirados do local.

Um raio de 200 metros no entorno do terreno também será investigado para saber se há risco de contaminação também nos imóveis vizinhos.

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Por Antonio Ribeiro

Renato Cobel
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