Formação de Piloto de Planador 15

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O L A!!

Quem voa ou reside na região de Jundiaí (SP) sabe que ultimamente a meteorologia não tem colaborado muito para voos e está muito estranho: No meio de alguns dias com tempo feio, de repente amanhece um dia limpo e bonito, mas o dia seguinte volta a chover.

Com isso, tivemos tempo bom na manhã de sexta-feira (01/02) e sábado (02/02). Nos dois dias citados, nossa operação foi finalizada por volta das 15h00 Zulu por conta de um aviso de aeródromo.

Na sexta-feira, a operação acabou justo na minha vez de voar, então eu seria preferência no sábado. Dito e feito, fui o primeiro a voar no sábado. Às 11h00 local, estava indo para a cabeceira para me preparar para meu voo.

Chegando lá, me sentei e fiz o scanflow do cockpit. Cheque de bateria, cheque de rádio, cheque de coordenação de comandos e de instrumentos.

Eu já estava pronto para decolar, e o rebocador se aproximava do ponto de espera da 36. Assim que ele alinhou, fechamos o canopi, aguardamos a conexão da corda e fiquei esperando ela se esticar para dar o sinal OK.

O rebocador iniciou a rolagem vagarosamente até que ingressamos na pista, sendo que aí foi aplicada toda potência. O velocímetro atingiu 80 km/h e comecei a cabrar o manche. Ficamos levemente acima do solo alinhados com o rebocador.

O reboque foi tranquilo. No meio dele, fizemos contato pelo rádio com o solo planadores, e eles reportaram que nos recebiam muito mal, porém recebíamos eles bem.

Prosseguimos com o reboque, desligamos e fizemos nosso voo.

Fizemos alguns estóis para poder me preparar para a próxima série, onde vamos aprender parafuso, estol em curva e estol de freio aberto.

Fizemos o voo tranquilamente, conseguimos manter os 600 m autorizados pela torre e fizemos os estóis. Depois disso, se os fizesse bem, era só curtir as térmicas.

Foi quando percebemos que o visor do rádio estava piscando. Associando esse fato ao da nossa transmissão ruim, logo imaginamos que a bateria estava fraca e estávamos perdendo o rádio.

Agilizamos nossa curva de espera à 450 metros de altura, enquanto fazíamos as curvas à esquerda. Tentamos então estabelecer contato com a torre Jundiaí:

– Torre Jundiaí, Planador PT-PPD.

E não respondia. Porém, ela coordenava com outras aeronaves no circuito.

Com a certeza da pane de rádio, fizemos o que consta no acordo operacional do aeroclube de planadores com a torre. Cruzamos o aeroporto do setor W para o setor E, no través da torre, fazendo coordenação de 1º tipo.

Alinhamos na Bandeirantes e ingressamos na perna do vento da 36 com curvas não-padrão.

Como nosso rádio ainda recebia com clareza, estávamos cientes de um Grand Caravan próximo da perna base no limite da serra do Japi. Assim que cruzamos o través da cabeceira 36, o instrutor perguntou se eu tinha visual com a aeronave. Procurei, procurei e nada. Não deu mais 5 segundos e vi a aeronave iniciando curva base.

Rapidamente o instrutor disse “tá comigo”. Então ele picou o planador, abriu o freio inteiro para manter a velocidade e curvou uma base curta. Foi alinhando com a pista e chegamos na pista um pouco altos mas mesmo assim ele pousou muito bem, e paramos com distância normal.

Logo ele pediu desculpas por não ter deixado eu pousar, mas ele queria pousar logo para não atrapalhar o pouso do Grand Caravan, que conseguiu pousar logo depois da gente.

Livramos a pista e enquanto levamos o planador para a cabeceira, o instrutor fez o de-briefing do voo. Me disse que o reboque está bom assim como meu voo térmico, só devo ficar mais esperto com o uso do pedal no voo.

Passei de série e fiz mais 30 min de vôo, sendo que completei 5h22 de voo de planador.

No próximo voo, teremos alguns estóis e parafuso.

Já temos novos post no AVCL Aviação Civil.

Até a próxima, um abraço.

Carlos Eduardo Damasceno

Renato Cobel
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