Formação de Piloto nos EUA 14

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Saudações leitores do Canal Piloto.

Hoje eu, Claudio Motta, vou relatar meu 10° voo na coluna de Formação de PP nos EUA.

Depois de algum tempo sem voar devido ao schedule cheio, o Mike me falou que havia outro CFI recém contratado que voaria nos fins de semana, e perguntou se eu queria fazer umas horinhas com ele eu poderia pedir para ele marcar, já que o mesmo ainda não aparecia no site que usamos para marcar os voos.

Cansado de ficar no chão, avisei ao Mike e marquei um voo para o sábado. Chegando lá, fui até a sala aonde os instrutores ficam, porém não havia ninguém, então retornei ao lobby e me sentei em um sofá. Um rapaz alto de uns 28 pra 30 anos entrou na flight planning room e checou o Metar, e pelo crachá percebi que aquele era o meu instrutor, James Stevens. Normalmente (não sei em outros lugares mas pelo menos na McCreery), a formação é realizada em sua maior parte com um só instrutor, e alguns voos eventuais com outros.

Me apresentei, pegamos o kit da aeronave e fomos pra o patio. O N97019 não tinha voado ainda aquele dia e ainda estava hangarado, portanto esperamos o pessoal mover um Hawker que estava próximo ao nosso Cessna e empurramos a aeronave para fora.

Checks feitos, chamamos o solo e começamos a taxiar, até a cabeceira da 13 como autorizados, porém no caminho vimos a biruta sinalizando vento favorável à 31, e ao chegar na cabeceira, a torre nos instruiu a virar 45° à direita após decolados para ingressar na perna do vento da 31.

Enchi a mão na manete e começamos a rolar, depois de muita luta, o airspeed indicator resolveu começar a se mexer e rodamos.

Decolamos, curva à direita, ingressamos na perna do vento e fomos instruídos a realizar um 360° pela direita devido a um Cessna 310 na final da 13, e após o mesmo fomos autorizados o pouso. Giramos base, como previsto no briefing que fizemos durante o táxi, realizei  um soft field landing, carburetor heat off, e app em 55kt se não me engano.

Após o pouso, livramos e taxiamos para o PE da 31 para simular um soft field takeoff. Flaps 10°, Full Power, aliviamos o peso do nariz e rodamos a 55kt.

Após isso prosseguimos com uma sequencia de 7 TGLs até o pouso final.

Após finalizar o taxi, cortar e calçar a aeronave, fomos para a recepção aonde o James assinou meu logbook. Em seguida eu fui para casa feliz por mais uma hora no logbook, porém principalmente por ter melhorado bastante nos pousos.

Obrigado por ler,

Cláudio Motta

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Glossário:

Schedule – Agenda/Horario
Soft field landing – Pouso em pista não pavimentada
Soft field takeoff – Decolagem em pista não pavimentada

Renato Cobel
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